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Milei sai vitorioso em eleições legislativas na Argentina

Partido dele teve 40% dos votos na Câmara dos Deputados

Escrito por Meon

27 OUT 2025 - 08H33

Reprodução

O partido do presidente argentino Javier Milei, La Libertad Avanza, obteve uma expressiva vitória nas eleições legislativas de meio de mandato realizadas neste domingo (26), conquistando 40,8% dos votos para a Câmara dos Deputados. A coalizão peronista Fuerza Patria, principal força de oposição, ficou em segundo lugar, com 24,5%.

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Com mais de 90% das urnas apuradas, o resultado deve garantir 64 cadeiras ao partido de Milei, enquanto os peronistas devem ficar com 31 assentos. A nova composição representa um avanço significativo para o governo, que até então contava com apenas 37 deputados e 6 senadores.

Com esse resultado, o presidente se aproxima da maioria necessária para sustentar suas políticas no Congresso. Para barrar tentativas da oposição de anular vetos presidenciais, Milei e seus aliados precisam de 86 votos na Câmara.

Avanço da base e desafios

As eleições eram vistas como um teste crucial para o governo libertário, que busca ampliar o apoio parlamentar a fim de aprovar um ambicioso pacote de reformas econômicas e medidas de austeridade fiscal. Desde o início do mandato, Milei tem enfrentado resistência de partidos tradicionais e de setores sindicais às suas políticas de corte de gastos públicos e privatizações.

A vitória nas urnas dá novo fôlego político ao presidente, mas também aumenta a expectativa sobre sua capacidade de negociação e governabilidade em meio à crise econômica que atinge o país.

Eleições sob tensão

O pleito ocorreu em meio a um cenário de instabilidade política. Nos últimos dias, o governo foi atingido por um escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei, irmã e principal assessora do presidente. Além disso, gerou polêmica a declaração do ex-presidente americano Donald Trump, que durante visita à Casa Branca afirmou que o apoio financeiro dos Estados Unidos à Argentina estaria condicionado à vitória de Milei nas eleições — comentário que repercutiu negativamente entre setores da oposição.

A taxa de participação foi de 68%, o nível mais baixo em eleições legislativas desde a redemocratização do país, em 1983.

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