BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) -O líder opositor Leopoldo López, que estava refugiado na embaixada da Espanha em Caracas desde 30 de abril de 2019, quando escapou da prisão domiciliar, saiu da Venezuela a caminho de Bogotá.
A informação foi confirmada pela oposição venezuelana. Seu destino final pode ser a Espanha, onde seu pai vive.
Ex-prefeito do município de Chacao, López é o principal líder do partido Voluntad Popular e articulador da estratégia de alçar Juan Guaidó a líder da Assembleia Nacional --para depois torná-lo autoproclamado presidente interino.
Em 2014, López foi condenado pela Justiça do regime chavista por supostamente estimular protestos violentos na série de manifestações que ocorreu no país naquele ano. Cumpriu 3 dos 14 anos de sua sentença e depois foi transferido para a prisão domiciliar, onde ficou por dois anos.
Em 30 de abril de 2019, porém, conseguiu, com o apoio de oficiais do Sebin (serviço de inteligência) que discordavam da ditadura, sair de casa e juntar-se a Guaidó numa tentativa de levante contra o regime.
Naquele dia, ambos tentaram obter o apoio de militares dissidentes e conseguiram levar multidões às ruas. A tentativa, porém, acabou frustrada e reprimida.
Logo depois disso, López abrigou-se na embaixada da Espanha.
A saída do opositor da Venezuela se dá num momento de fragmentação da oposição venezuelana e numa queda de popularidade de Guaidó. Tudo isso quando se aproximam as eleições legislativas das quais grande parte da oposição decidiu não participar.
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