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Pólio pode atingir crianças palestinas

Alerta foi feito após confirmação de caso

Escrito por Meon

23 AGO 2024 - 17H12 (Atualizada em 23 AGO 2024 - 17H18)

Paulo Pinto/Agência Brasil

Após a confirmação do primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza em 25 anos, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Philipe Lazzarini, alertou nesta sexta-feira (23) sobre os riscos de disseminação do vírus entre crianças palestinas e israelenses.

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Lazzarini destacou que atrasar uma pausa humanitária na região pode aumentar a propagação da doença. “Não basta levar as vacinas para Gaza e proteger os sistemas de refrigeração; é crucial que as doses cheguem à boca de todas as crianças menores de 10 anos”, afirmou.

A UNRWA anunciou que disponibilizará seus centros de cuidados primários de saúde e clínicas móveis para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a partir do final deste mês, para facilitar a campanha de vacinação.

O caso confirmado pela OMS envolve um bebê de 10 meses da cidade palestina de Deir al-Balah, que não havia recebido nenhuma dose da vacina contra a pólio. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou séria preocupação, informando que o sequenciamento genômico confirmou que o vírus está relacionado ao poliovírus tipo 2, detectado em águas residuais de Gaza em junho. A criança, que desenvolveu paralisia na perna esquerda, está em condição estável.

Devido ao alto risco de propagação do poliovírus na Faixa de Gaza e áreas próximas, a OMS, o Ministério da Saúde Palestino e o Unicef estão organizando duas rodadas de vacinação para as próximas semanas, com o objetivo de imunizar mais de 640 mil crianças menores de 10 anos.

Desde junho, pelo menos três crianças na Faixa de Gaza apresentaram sintomas suspeitos de paralisia flácida aguda, associada à poliomielite, e tiveram amostras enviadas para análise laboratorial. A OMS anunciou que 1,6 milhão de doses da vacina oral serão entregues em Gaza, com previsão de chegada pelo aeroporto Ben Gurion, em Israel, até o final de agosto.

A OMS destacou a importância de alcançar uma cobertura vacinal de pelo menos 95% em cada rodada da campanha para interromper a disseminação do vírus. Antes do aumento dos conflitos em outubro do ano passado, a Faixa de Gaza mantinha uma boa cobertura vacinal. No entanto, as taxas de vacinação caíram significativamente devido ao impacto da guerra, comprometendo a imunidade das crianças na região.

A entidade também alertou sobre o aumento do risco de outras doenças preveníveis por vacinação, como sarampo, além de um crescimento nos casos de diarreia, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele entre as crianças.

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