O Nepal enfrenta a pior crise política em décadas. Nesta terça-feira (9), o primeiro-ministro K.P. Sharma Oli renunciou ao cargo em meio à escalada dos protestos populares. A decisão ocorreu um dia depois de confrontos que deixaram 19 mortos e mais de 100 feridos em Katmandu, capital do país.
O estopim da revolta foi o bloqueio das redes sociais — como Facebook e Instagram — imposto pelo governo sob a justificativa de combater abusos online. A medida, no entanto, foi interpretada pela população como censura. Jovens, estudantes e trabalhadores tomaram as ruas sob o lema: “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”.
Na segunda (8), milhares de manifestantes tentaram invadir o Parlamento, enfrentaram a polícia e atearam fogo no prédio do legislativo. Já nesta terça, grupos incendiaram também casas de ministros, incluindo a residência de Oli. Imagens aéreas mostraram vários focos de fumaça pela capital. Diante da pressão, Oli entregou carta de renúncia ao presidente Ram Chandra Paudel, que iniciou o processo de escolha de um novo premiê.
Para conter os atos, o governo impôs toque de recolher em Katmandu e em outras cidades do país. Policiais utilizaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água para dispersar os protestos, mas a repressão apenas alimentou a insatisfação. Ambulâncias e veículos oficiais foram atacados, enquanto manifestações se espalharam por Biratnagar, Bharatpur e Pokhara.
A instabilidade atual do Nepal lembra momentos de 2008, quando protestos derrubaram a monarquia e instauraram a república. Analistas alertam que a crise pode agravar ainda mais a fragilidade política e econômica do país himalaio, situado entre Índia e China.
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