Nesta sexta-feira (12), o Kremlin anunciou que as negociações de paz com a Ucrânia estão suspensas, acusando países europeus de atrapalhar o processo diplomático.
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Segundo o porta-voz russo Dmitry Peskov, os canais de comunicação entre os dois países permanecem ativos, mas “em pausa”, sem avanços concretos. Entre os principais impasses está a recusa da Ucrânia em reconhecer as chamadas “realidades territoriais” impostas por Moscou, em referência às regiões ocupadas desde o início da guerra.
Do outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que não abrirá mão de nenhum território que ainda esteja sob controle de Kyiv. O líder ucraniano também alertou que o objetivo de Moscou não é apenas manter as áreas já tomadas, mas sim “ocupar todo o país”.
A Rússia ainda acusou países europeus de interferirem nas tratativas, oferecendo garantias de segurança consideradas inaceitáveis por Moscou. Já Zelensky declarou que muitos detalhes dessas garantias já estão “no papel” e que há urgência em finalizá-las, especialmente diante da intensificação dos ataques russos, que chegaram a atingir até países da OTAN.
Além do impasse diplomático, a tensão aumentou com o início das manobras militares conjuntas entre Rússia e Belarus. A movimentação é vista por aliados da Ucrânia como uma demonstração de força e um aviso direto ao Ocidente, que reforça sua preocupação com uma possível escalada do conflito.
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