Trump anuncia rendição dos huthis no Iêmen

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração inesperada nesta terça-feira (6), anunciando que os rebeldes huthis do Iêmen “se renderam” e, como resultado, os bombardeios conduzidos pelos EUA no país serão interrompidos imediatamente. O anúncio foi feito durante uma reunião no Salão Oval com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, em um momento tenso do conflito.

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Os huthis, insurgentes pró-iranianos, estavam envolvidos em ataques militares contra Israel e contra embarcações no Mar Vermelho desde o final de 2023. Esses ataques foram descritos como uma demonstração de solidariedade aos palestinos em Gaza, que enfrentam uma dura ofensiva do exército israelense após um ataque do Hamas. Segundo Trump, os huthis comunicaram que não tinham mais interesse em continuar as hostilidades e que "não querem mais lutar". “Eles disseram que não vão mais explodir navios, e esse é o motivo do que estávamos fazendo”, declarou o presidente.

A situação do Iêmen se tornou ainda mais crítica após os ataques dos huthis interferirem na passagem de navios pelo Canal de Suez, uma das principais rotas marítimas do mundo, responsável por transportar cerca de 12% do tráfego global. Em resposta, o governo dos EUA iniciou uma série de bombardeios contra os rebeldes huthis no início de 2024, após o governo de Joe Biden, que já havia realizado ataques. No entanto, desde março de 2025, o governo de Trump intensificou os bombardeios, com mais de 1.000 alvos atingidos no Iêmen, segundo o Pentágono.

A decisão de interromper os bombardeios e declarar que os huthis se renderam pode representar uma mudança significativa na abordagem dos EUA em relação ao conflito no Iêmen, após meses de escalada. A informação foi transmitida por Trump com base em uma "fonte muito confiável", mas a situação ainda está sendo monitorada pelas autoridades internacionais.

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As autoridades internacionais e analistas de segurança estão aguardando os desdobramentos dessa declaração e como ela afetará a dinâmica da guerra no Iêmen, além das relações dos EUA com o Irã e com Israel, principais atores desse conflito.