O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “os dias de Nicolás Maduro estão contados”, ao ser questionado no programa “60 Minutes”, da CBS, e disse não acreditar que a crise leve a um conflito direto entre Estados Unidos e Venezuela. A fala vem no momento em que Washington amplia a pressão militar na região e tenta conter rotas de narcotráfico no Caribe e no Pacífico.
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Desde setembro, as Forças Armadas norte-americanas realizam ofensivas regulares contra embarcações que, segundo o governo dos EUA, atuam ligadas ao tráfico de drogas e partem sobretudo de Venezuela e Colômbia. O último ataque, no sábado (1), ocorreu no Pacífico; ao todo, foram pelo menos 15 ações, 16 barcos destruídos e 64 mortos, sob ordens de Trump e do secretário de Guerra, Pete Hegseth. A Casa Branca sustenta que as operações miram cartéis; Caracas acusa os EUA de violar sua soberania.
Do lado venezuelano, Nicolás Maduro tem alternado sinais de confronto e de acomodação. Em discurso recente, afirmou “respeitar Trump”, mas pediu o fim das operações no Caribe e elevou o tom ao falar em “risco de conflito de grande impacto”, após o envio de navios e caças norte-americanos à área; Washington também dobrou, para US$ 50 milhões, a recompensa por sua captura.
A disputa se desenrola após a eleição venezuelana de 28 de julho de 2024, contestada pela oposição e por parte da comunidade internacional. A aliança opositora afirma ter obtido maioria das atas e declarou vitória de Edmundo González, enquanto o CNE proclamou Maduro; a União Europeia disse não reconhecer legitimidade democrática sem a publicação dos dados detalhados e o Canadá aplicou sanções a autoridades por sua participação nas irregularidades.
Na frente diplomática, Maduro teria enviado cartas a Rússia, China e Irã em busca de suporte militar, técnico e financeiro para reforçar a defesa, ao mesmo tempo em que sinalizou disposição para negociar uma transição com garantias ao chavismo e anistia a integrantes do governo — movimento que tenta ampliar margem de manobra em meio à pressão dos EUA.
Organizações independentes seguem apontando deterioração da situação interna. Relatório recente da Human Rights Watch descreve repressão sistemática a críticos desde o pleito de 2024, com prisões e denúncias de tortura; think tanks como o CSIS qualificam as votações do período como “performativas”, com objetivo de reduzir pressão e dividir a oposição. Esses fatores alimentam a incerteza sobre a estabilidade do regime e o calendário de eventuais arranjos de transição.
Ao mesmo tempo, Trump busca reforçar a percepção de força. Na entrevista à CBS, além de descartar guerra imediata com Caracas, ele voltou a falar em retomar testes nucleares — decisão vista como parte de uma estratégia mais ampla de dissuasão — e celebrou o “efeito” de interceptações no mar contra redes de narcotráfico. O quadro, portanto, combina retórica dura, operações de contenção e janelas negociadas que podem emergir se houver garantias mínimas às partes.
No curto prazo, o que está no radar é a continuidade das ações marítimas dos EUA, a busca de apoios externos por Maduro e a abertura — ou não — de um canal real de negociação. Por ora, a mensagem que ecoa em Washington é que o chavismo vive “dias contados”, mas sem um roteiro público para a transição, que envolveria forças armadas venezuelanas, lideranças oposicionistas e salvaguardas para membros do regime.
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