O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a associar a Venezuela ao narcotráfico e fez novas ameaças contra o regime de Nicolás Maduro. As declarações foram dadas nesta terça-feira (30/9), em uma base militar no estado da Virgínia, antes de um encontro com o secretário de Guerra, Pete Hegseth, diante de centenas de generais.
Segundo Trump, as operações militares já realizadas no Caribe impediram a entrada de drogas em território norte-americano. Ele afirmou que os EUA agora irão “investigar os cartéis por terra”.
“Vamos ver o que acontece com a Venezuela. Eles têm sido muito perigosos com drogas e com outras coisas”, disse o republicano.
Ações militares no Caribe
Até o momento, o governo norte-americano informou que destruiu três embarcações de origem venezuelana que transportavam drogas nas águas internacionais do Caribe. Os ataques foram realizados por uma frota de navios de guerra equipados com mísseis guiados.
Além disso, centenas de fuzileiros navais foram deslocados para Porto Rico, e ao menos dez caças F-35 foram enviados à região para reforçar a vigilância e combater possíveis traficantes.
Trump reiterou que a mobilização tem como objetivo desarticular os cartéis de drogas supostamente ligados a Maduro, classificado pelos EUA como chefe do cartel de Los Soles.
“Começamos a usar o poder supremo das Forças Armadas dos Estados Unidos para destruir os terroristas e as redes de tráfico da Venezuela lideradas por Maduro. Vamos eliminá-los da existência”, afirmou o presidente.
Estado de exceção na Venezuela
Em resposta à escalada das ameaças, Nicolás Maduro decretou estado de exceção na Venezuela nessa segunda-feira (29/9). O decreto amplia os poderes do presidente em situações de “agressão externa”, permitindo ações diretas de defesa e restrições a liberdades civis.
O governo venezuelano tem intensificado o recrutamento de militares e o preparo de tropas navais, alegando risco de ataque dos Estados Unidos.
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