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Para Alckmin, fala de Bolsonaro é tentativa de justificar 'derrota antecipada'

Em queda nas pesquisas de intenção de voto, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 17, que o receio demonstrado pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL), de que as eleições deste ano poderão ser fraudadas, é uma justificativa para uma derrota antecipada. "Por que ter fraude? Ele quer justificar a derrota antecipada? Eu disputei dez eleições. Ganhei, perdi. Não teve fraude nenhuma. Aliás, o Brasil é um exemplo no mundo de avanço tecnológico, de avanço eleitoral que tem até uma justiça eleitoral", disse Alckmin.

No domingo, 16, Bolsonaro publicou um vídeo ao vivo na internet, direto do Hospital Albert Einstein, onde está internado. Nele, o candidato atacou as pesquisas de opinião que apontam sua derrota no segundo turno e o crescimento do petista Fernando Haddad.

Acamado, com aparência debilitada e chorando em vários trechos da transmissão, Bolsonaro levantou a possibilidade de haver fraude nas eleições de outubro para beneficiar o PT e disse que, caso Haddad seja eleito, ele libertaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, e o nomearia ministro.

Sem conseguir avançar nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin tenta desconstruir Bolsonaro para tentar herdar parte dos votos "anti PT". A última pesquisa Ibope, no entanto, mostrou que a maior parte dos eleitores que não quer votar de jeito nenhum no partido de Lula, acaba escolhendo Bolsonaro, e não o tucano.

No entanto, Alckmin disse acreditar que os eleitores tomarão suas decisões às vésperas da eleição. Questionado sobre se um segundo turno entre Bolsonaro e o candidato do PT, Fernando Haddad, seria o pior dos mundos, ele afirmou que esta hipótese não irá acontecer.

"Vamos trabalhar muito para que o Brasil tenha opção melhor, para que o país saia das aventuras para trilhar o que interessa para a população. É preciso diminuir um pouco esse ódio e fazer as reformas necessárias", disse Alckmin.

O ex-governador de São Paulo tem uma série de agendas em Brasília nesta segunda. Mais cedo, ele assinou um termo de compromisso com investimentos para a primeira infância. O documento foi elaborado pela Rede Nacional de Primeira Infância e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Em seguida, o tucano deu entrevista para jornalistas de veículos de imprensa internacional. A tarde, ele almoça com embaixadores dos principais países parceiros do Brasil. Depois, ele irá visitar uma cooperativa de reciclagem na Estrutural, região administrativa do Distrito Federal.

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