Por João Pedro Teles Em RMVale

Após sessão tensa, votação de Escola Sem Partido é adiada em Taubaté

Câmara votará projeto na sessão da próxima segunda-feira

camara

Galeria recebeu mais de 100 pessoas para acompanhar votação que não ocorreu

Arquivo pessoal

Após uma conturbada sessão na Câmara de Taubaté nesta segunda-feira (6), a votação do projeto Escola Sem Partido ficou para a próxima segunda (13), como primeiro assunto da pauta.

A sessão, que começou às 17h, avançou até às 21h, quando o vereador Noilton Ramos (PPS) usou o tempo de tribuna para defender o projeto, apresentado por ele mesmo. Conforme o regimento da casa, a sessão não poderia mais se estender.

O texto original recebeu pareceres contrários tanto da Comissão de Justiça quanto da assessoria jurídica da Câmara.

Antes da votação de segunda-feira, haverá mais uma audiência pública para debater o projeto, marcada para esta sexta (10), no plenário da Câmara.

Sessão tensa

A votação colocou frente a frente grupos de extrema direita de Taubaté, favoráveis ao projeto, e representantes dos professores, que eram contra. As duas turmas dividiram a galeria do plenário.

Com ânimos exaltados, a polícia precisou ser chamada e a sessão foi interrompida por mais de uma vez para que a galeria se acalmasse.

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Representantes da direita, levaram bandeiras do Brasil, ostentavam camisas com o rosto do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e até levantavam uma foto de Carlos Alberto Brilhante Ustra, antigo chefe do DOI-Codi durante o período da ditadura militar.

Do outro lado, professores e pessoas contrárias ao projeto se manifestavam com cartazes. Um grupo chegou a entregar, antes da sessão, uma moção de repúdio ao projeto para cada vereador.

No plenário, os parlamentares se sucediam atacando ou defendendo o projeto durante o tempo de tribuna. O vereador Douglas Carbone (PCdoB), foi uma das vozes contrárias.

“Tem gente falando de educação aqui que nunca foi a uma escola pública. Por que não lutar por uma melhor merenda servida na escola pública? Os alunos estão comento angu e moela. Além disso, a maioria não fez o dever de casa, não leu o plano municipal de educação. Lutem por dignidade, melhores salários para os professores. Aqui não é lugar de blá blá blá”, afirmou.

Já a vereadora Vivi da Rádio (PSC) defendeu o projeto que, de acordo com ela, não atrapalharia o professor durante as aulas.

“Não há nada demais em colocar um cartaz dizendo que os professores não podem fazer doutrinação de gênero ou política. Os professores não serão afetados”, afirmou.

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