A primeira vacinada contra o coronavírus em São José dos Campos tem agora rosto e nome: Juliana dos Santos, uma técnica em enfermagem que atua na ala covid, da UTI infantil do Hospital Regional da cidade. Além da imunização nesse histórico dia 20 de janeiro, ela comemorou ainda o aniversário de 33 anos.
"Fiquei surpresa, nem sabia que ia ser a primeira, fiquei muito feliz.", disse em entrevista ao Meon.
Casada e mãe de duas filhas, ela teve que enfrentar a doença em junho do ano passado. "Fiquei internada na enfermaria por sete dias. Me recuperei em pouco mais de um mês após a contaminação, e voltei ao trabalho”, relembra Juliana, que temia muito pela saúde da família também. "Eu vivi os dois lados da Covid, atender pacientes e pegar a doença. Eu vi como é difícil se manter até mesmo em isolamento domiciliar, quando você se interna, fica na incerteza se vai melhorar, se vai para casa".
A colega de profissão, Luana Stefany de Cerqueira da Silva, de 26 anos, foi a segunda profissional a receber a dose e a relatar o impacto do coronavírus na sua vida. Trabalhando na Clínica Médica do hospital desde 2018, foi diagnosticada em julho de 2020 e desenvolveu um quadro grave de COVID-19.“Fiquei doze dias em estado grave na UTI do hospital onde trabalho. Fui acompanhada por médicos e outros profissionais que trabalham comigo. Os dias se passaram, melhorei, tive alta, e um mês depois retornei às minhas atividades”, conta.
A primeira dose de CoronaVac foi aplicada pela enfermeira Andréia de Oliveira dos Santos Bastos de 35 anos, que trabalha há 3 anos no Hospital Regional de São José, local onde foi realizada a cerimônia de início da vacinação. Um momento especial para ela, que tanto tem acompanhado a pandemia de perto.
"Pra mim é um orgulho muito grande fazer parte dessa ação, principalmente da vida. Pra gente poder começar a viver novamente", disse a enfermeira que ficou sabendo que seria a primeira profissional a aplicar a vacina na RMVale, horas antes.
Ela reforça que a vacina é segura, que as pessoas não precisam ter medo e que é preciso acreditar na eficácia, assim como outras vacinas. Lembrando que os vacinados devem tomar a segunda dose, conforme recomendação e prazo orientado por especialistas.
De acordo com o Governo de São Paulo, a campanha de imunização contra a COVID-19 no estado será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da da vacinação serão divulgados.
Cada serviço de saúde será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela Secretaria da Saúde para monitoramento da campanha.
A divisão das grades considera o quantitativo proporcional de vacinas esperado para São Paulo conforme o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde. O total de 1,5 milhão de doses é a referência para trabalhadores de saúde, baseado na última campanha de vacinação contra a gripe.
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