Por 6 votos a 5, a Câmara de Cachoeira Paulista não instalou a CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investigaria possíveis irregularidades cometidas pela prefeitura na locação de um imóvel pela Secretaria de Educação. Contando com participação popular expressiva, a sessão da última terça-feira (14) marcou mais um embate no plenário.
A denúncia partiu de um morador que alega que a prefeitura alugou uma casa para funcionar como sede da Secretaria de Educação, mas que o processo teria sido feito de maneira irregular. De acordo com o denunciante, não houve licitação, e sim um processo de cotação.
Na peça de acusação, o vereador Breno Anaya (PSC) explicou que três empresas deveriam ter sido consultadas para que fosse escolhida a de preço mais baixo. Mas, de acordo com o morador, das imobiliárias cotadas uma pertence a um vereador, o que já tornaria todo o processo ilegal. Uma segunda empresa consultada negou que tenha recebido algum tipo de documentação do Executivo. O denunciante alegou também que a imobiliária vencedora da cotação de preços pertence ao irmão da secretária de Educação, Maria do Carmo.
Procurada pela reportagem, na ocasião das acusações a prefeitura informou em nota que "o Executivo está totalmente tranquilo, uma vez que todo o processo foi feito de forma lícita”.
De acordo com a nota, a administração afirmou que está à disposição para colaborar com o esclarecimento desta e de qualquer denúncia que surja. Apesar da afirmação, nenhuma pergunta feita pela reportagem sobre o processo de escolha da imobiliária e a lisura da cotação foi respondida.
Votação
Os vereadores Adilton Ferreira (PT), Catia Bueno (PT), Dogão do São João (PHS), Maximilio Miranda (DEM) e Marcelo Picão (PT) votaram contrariamente à abertura da CEI. Aurélio da Farmácia (PMN), Breno Anaya (PSC), Carlinhos da Saúde (PR), Guilherme Marcondes (PSC) e Zé Ritinha (PRTB), foram favoráveis.
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