Pitombo negou possíveis irregularidades envolvendo a Arena de Esportes
Divulgação/CMSJC
Flávia Pitombo, secretária de Obras de São José dos Campos na administração anterior, negou todas as possíveis irregularidades e superfaturamento nas obras da Arena de Esportes da cidade. A engenheira participou da Comissão Especial de Inquérito da Arena, que investiga possível pagamento excedente de R$ 4 milhões e falhas técnicas na obra, nesta quarta-feira (10).
A ex-secretária iniciou seu depoimento afirmando que há muita acusação e desconhecimento sobre o assunto. "Para cada alteração houve uma recomposição de planilha, com absolutamente tudo registrado, com parecer jurídico da Secretaria de Assuntos Jurídicos [da época]", disse.
Segundo o governo atual, um perito nomeado pela Justiça constatou durante uma fiscalização a substituição das estacas do tipo hélice por pré-moldado, alteração das arquibancadas de concreto modelado "in loco" por estrutura pré-moldado, entre outros. Para Pitombo, nenhuma mudança, com base puramente técnica, afetou o resultado final da obra que permanece com mesma estrutura, tamanho, cobertura, capacidade de público e fachada.
"A mudança de estaqueamento em hélices espaciais para as estacas pré-moldadas foi uma opção técnica, a opção pelo concreto pré-moldado foi para se obter mais rapidez e melhor acabamento, questão de metodologia de construção, sempre com aval jurídico", garantiu.
Com relação ao pedido de nulidade do contrato com a Recoma, responsável pela execução da obra e que segundo a prefeitura atual recebeu indevidamente cerca de R$ 4 milhões, a ex-secretária afirma que o contrato -aprovado pelo Tribunal de Contas- mostra que a construtora tem R$ 189 mil reais para receber.
Material não entregue
Questionada sobre o material pago pela prefeitura de São José para a obra e que foi localizado em Araraquara, Flávia explicou que, até sair da secretaria, o material adquirido era encaminhado à fábrica para montagem e, depois, levado ao canteiro de obras. "Após minha saída, caberia a quem me sucedeu fazer esse acompanhamento", completou.
Sobre a possibilidade do material ser sido devolvido ao invés de ser instalado, fez um alerta: "é equivocado dizer que se o material não está instalado deve ser devolvido ao fornecedor. A estrutura metálica não foi contabilizada pelo perito que vistoriou a obra e isso está comprovado no processo, onde o próprio perito diz: para efeito de levantamento como executado nenhum item se refere à estrutura metálica".
Durante a CEI, o advogado Ariosto Mila Peixoto compareceu com uma procuração da Recoma Construtora pedindo o direito de ser ouvido. Shakespeare Carvalho (PRB), presidente da CEI, disse que o documento vai ser analisado e confirmou nova reunião para a quarta-feira (17), às 10h30. Também participaram do encontro desta manhã os vereadores Robertinho da Padaria (PPS), Dulce Rita (PSDB) e Carlinhos Tiaca (PMDB).
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