Ana Karin, Benito Thomaz, Rinaldi Zanin, Benedito Morais estão afastados
Arte/Meon
Respondendo a processos por improbidade administrativa ou investigados por suposto superfaturamento, prefeitos de Canas, Cruzeiro, Potim e Redenção da Serra estão afastados do cargo por determinação da Justiça. E nesta terça-feira (29), o TRE define o destino de mais um: Ortiz Junior (PSDB), de Taubaté, pode ter o mandato cassado sob acusação de abuso de poder econômico e político.
Na região, a primeira prefeita a cair do posto foi Ana Karin (PR), de Cruzeiro, que é alvo de investigações de possível superfaturamento no contrato com a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Sorrindo para a Vida, entre 2010 e 2014, no valor de R$ 2,2 milhões.
O caso foi investigado pelos vereadores e originou na abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), que apontou irregularidades nos contratos. Em 11 de março aconteceu o primeiro afastamento. De lá para cá, Ana Karin foi afastada quatro vezes do cargo e atualmente aguarda decisão de recurso que será julgado em 5 de agosto pelo Tribunal de Justiça. Até o resultado, o vice-prefeito Rafic Simão (PMDB) está no comando da administração municipal.
"Vamos esperar a decisão do Tribunal de Justiça que será analisada no começo de agosto, mas a expectativa é positiva sobre o caso", afirma o advogado Ricardo Porto, que faz a defesa de Ana Karin.
Em 24 de junho, foi a vez do prefeito e do vice-prefeito de Canas ter o mandato cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Rinaldo Benedito Thimóteo Zanin (PDT) e o vice Redmilson Artur Quintas (PT), são acusados de oferecer auxílio-desemprego e pagar contas particulares de água e energia elétrica, além da doação de materiais de construção. Com a cassação, o presidente da Câmara, Lucemir do Amaral (PSDB), está à frente do Executivo. Cabe recurso à defesa.
Neste mês foram afastados do cargo os prefeitos de Potim e Redenção da Serra. O primeiro, que teve pedido solicitado pelo Ministério Público, é Benito Carlos Thomaz (PMN), de Potim, suspeito de favorecimento em um processo licitatório que contratou um sobrinho para o fornecimento de água para os setores públicos. O vice-prefeito Edno Felix, o Nenê (PT do B), assumiu o cargo.
Em recente entrevista, Thomaz afirma que recorreu da decisão. "Temos certeza que vamos retornar. Podemos ficar fora uns três, cinco, 20 dias. Não sabemos quanto tempo isso pode demorar, mas o importante é que a população não pode ser prejudicada”, diz.
A outra cassação ocorreu em 24 de julho, quando o prefeito de Redenção da Serra, Benedito Manuel de Morais (PMDB), com a abertura de uma CEI que aponta a contratação de uma empresa pertencente a sua chefe de gabinete. O vice Ricardo Evangelista Lobato (PTB) está no cargo de prefeito.
Segundo o vereador Daniel Pereira (PSDB), várias irregularidades foram descobertas nos contratos de R$ 72 mil com a empresa. "Fui pesquisar as despesas e achamos o CNPJ e o endereço referentes aos débitos, que correspondem ao documento e endereço da chefe de gabinete do prefeito", conta.
Taubaté
Nesta terça-feira (29) será julgado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) o prefeito de Taubaté Ortiz Junior (PSDB), acusado de abuso de poder econômico e político durante a campanha eleitoral de 2012. A decisão também será ampliada para o vice-prefeito Edson Oliveira (PTB). Caso haja a condenação, Ortiz e Oliveira podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
TRE julga Ortiz Junior por abuso de poder econômico durante campanha de 2012
Flávio Pereira/Meon
Em meio ao risco de cassação do mandato, os principais partidos já se movimentam na cidade para as futuras eleições. Nos bastidores da Câmara, PSB deve lançar o nome da vereadora Maria das Graças, o PMDB pode lançar o empresário Rubens Fernandes e o PV optar pelo nome do deputado estadual Padre Afonso Lobato. Já o PPS trabalha com a vereadora Pollyana Gama, o PT com o ex-prefeito Salvador Khuriyeh e PSC com Diego Ortiz.
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