Sob chuva e frio, donos de quiosques de Caraguatatuba realizaram um ato, na noite desta segunda-feira (6), pela manutenção dos estabelecimentos na orla da cidade. Cerca de 200 pessoas participaram da manifestação na praça principal da Praia Martim de Sá.
O Ministério Público Federal pretende retirar os comerciantes instalados na orla, que é área da União, e abrir licitação para exploração comercial dos espaços. Na próxima quinta-feira, a procuradora responsável pela ação, Walquiria Inamura Picoli, vai se reunir com representantes dos quiosqueiros, da prefeitura e da SPU (Secretaria de Patrimônio da União) para discutir o imbróglio.
“Nós fizemos este protesto para tentar sensibilizar o MPF. A saída dos quiosques de toda a orla vai causar impacto não apenas para os comerciantes, mas para toda a economia da cidade”, disse Shananda Rosa Raffi, dona de um quiosque na Praia de Massaguaçu há 17 anos.
Segundo ela, a abertura de licitação atrairia as grandes empresas, que não compram de fornecedores locais nem aplicam seus ganhos na cidade. “Desde que comecei, compro todo papel que consumo em uma papelaria da cidade. Todo o dinheiro que ganho gasto em Caraguá, e todos os comerciantes fazem isso”, disse Shananda.
Procurada pelo Meon, a procuradora Walquiria informou, por meio de sua secretária, que a solução do assunto depende da assinatura de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que está sendo discutido com a Prefeitura de Caraguatatuba e os comerciantes.
Marcel Giorgeti, secretário do Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, disse que a prefeitura apoia os quiosqueiros.
“Nós queremos que um TAC que garanta a manutenção dos comerciantes por pelo menos 20 anos, prorrogável por mais 10 anos. Se abrirem licitação, as grandes empresas vão acabar com os empresários locais”, disse.
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