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Condenada por matar músico americano em Caçapava é autorizada pela justiça a recorrer da pena em liberdade

Raymond foi morto em 2006, após vir ao Brasil para conhecer Regina Rachid, mandante do crime; mulher foi a júri popular no fim de 2021 em São José dos Campos

Escrito por Gabriel Campoy

21 FEV 2022 - 10H09 (Atualizada em 21 FEV 2022 - 10H21)

Arquivo Pessoal

Regina Rachid, de 30 anos, condenada pela morte do músico americano Raymond James Merril, em 2006, irá responder pelo crime em liberdade.

A decisão foi divulgada na última quinta-feira (17). No texto, o desembargador responsável concedeu o pedido feito pela defesa da condenada, que havia pedido uma revisão na aplicação da pena, já que, segundo os advogados, a prisão preventiva seria indevida pelo histórico de Regina que, desde 2012, respondia pelo caso em liberdade.

A mulher foi a júri popular no fim de 2021, em São José dos Campos, quando recebeu a sentença de 30 anos de reclusão por conta do homicídio, somando a ocultação de cadáver no crime e roubo, em um crime realizado há 16 anos em Caçapava.

Relembre o julgamento

Após três dias de julgamento, em júri que teve início no dia 30 de novembro de 2021, Regina Filomena Rachid, acusada de matar o músico americano Raymond James Merril, foi condenada a 30 anos de prisão. O crime aconteceu em 2006, em Caçapava.

Outras duas pessoas suspeitas de participação no crime de roubo, assassinato e ocultação de cadáver também foram julgadas. Uma delas, Nelson Siqueira Neves, foi inocentado.

Já o réu Evandro Celso Augusto foi condenado a três anos de reclusão por ter auxiliado na ocultação do cadáver de Raymond. Como o crime estava prescrito, Evandro não vai cumprir sua pena.

Por decisão do juíz Milton de Oliveira Sampaio Neto, Regina, não época, não pôde recorrer do crime em liberdade.

O crime

No ano de 2006, o músico americano Raymond James Mierrel teria vindo ao Brasil para conhecer Regina Filomena Rachid, namorada que conhecia somente pela internet. A mulher, juntamente com outros dois cúmplices, teria torturado, assassinado, queimado e enterrado o americano. Na ocasião, os acusados ainda retiraram cerca de US$ 50 mil da conta bancária de Mierrel.

Os pais da vítima, nos Estados Unidos, sentiram falta de informações do filho e consultaram o FBI (polícia federal americana), que começou a fazer contato com as autoridades brasileiras. Na época, foram detidos Regina e mais dois homens suspeitos pela morte e desaparecimento do corpo do americano.

O julgamento, que originalmente estava marcado para acontecer no segundo semestre de 2019, foi adiado a pedido da defesa de um dos homens acusados de atuar como cúmplice no assassinato.

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