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Conselho aprova afastamento da presidente do Comercial de Lorena

2014 - Associados e convidados aguardam no hall de entrada do Clube Comercial, em Lorena (Arquivo/Jornal Atos)

Associados e convidados no hall de entrada do Clube Comercial de Lorena

Arquivo/Jornal Atos

Envolvida em diversos episódios, a atual diretoria-executiva do Clube Comercial de Lorena foi pauta de uma reunião do Conselho Deliberativo, sobre o possível afastamento da presidente Maria Inez e do vice Sérgio Euzébio. Em primeira votação, com 13 votos, os conselheiros decidiram pela destituição imediata dos cargos e a devolução para os cofres do clube de todos os valores contratados de forma irregular.

A segunda votação será na próxima segunda-feira, onde os conselheiros irão discutir o relatório. Caso o documento seja aprovado, Maria e Euzébio serão destituídos do cargo imediatamente, assumindo no lugar o presidente do Conselho Deliberativo, Adriano Aurélio dos Santos, que deve convocar uma assembleia geral ordinária, para que os associados confirmem ou não a decisão.
Ratificado, o parecer dos conselheiros é definitivo, e os envolvidos não voltam aos cargos. Se a assembleia não aprovar, o Conselho tem que reconduzi-los aos cargos.

De acordo com Santos, durante pouco mais de um ano e quatro meses houve contratações irregulares referentes a uma auditoria convocada pela presidente, que não obedecia aos critérios do Regimento Interno. Ele disse que houve queda na receita devido à perda de associados. “Nós deixamos o clube em abril de 2013, com uma arrecadação de R$ 413 mil. Já se passou mais de um ano, já teve aumento na mensalidade e hoje o clube não arrecada nem R$ 400 mil”.

O presidente do Conselho ressaltou que pela previsão orçamentária, a arrecadação era para estar entre R$450 a R$ 460 mil, e que na gestão anterior, era alcançado acima do previsto. Com o desligamento dos sócios adicionais, o clube deixou de arrecadar R$ 45 mil por mês.

O ex-sócio Rafael Marzzulo comentou que faltou conhecimento do Regimento Interno por parte da Diretoria Executiva, e que pontos importantes deixados por gestões passadas, como o plano diretor, foram abandonados. “Pode até ter havido boa intenção, mas faltou conhecimento para administrar bem o clube”.

Durante a reunião, um dos conselheiros afirmou que a presidente cumpriu o Regimento ao tirar os sócios adicionais e perder receita, mas não respeitou o Regimento em relação aos contratos. “Quer dizer, ela só cumpriu o Regimento Interno por aquilo que é prejudicial para o clube”, salientou o presidente do Conselho Deliberativo.

Outros episódios
Em outra ocasião, o clube havia recebido notificações por não estar em conformidade com as normas dos Bombeiros, e foi interditado pela prefeitura.

Entre as irregularidades, estão as obras da piscina térmica que, atualmente, tramita na Justiça, além da água considerada imprópria pela Vigilância Sanitária em alguns pontos do estabelecimento e a demissão de funcionários com mais de 10 anos de casa, que gerou um alto passivo trabalhista ao clube.

A reportagem tentou entrar em contato com a presidência do Clube, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno. 

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