Da esquerda para a direita, Cury, Flavinho e Pollyana
Divulgação/Câmara dos Deputados
Os deputados federais que representam a região se declararam favoráveis ao prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Nesta segunda-feira (10), o relator do caso na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentou parecer favorável à admissibilidade da denúncia contra Temer, pontuando que há indícios "sérios" e "suficientes" para que a Câmara autorize a abertura da ação penal.
A previsão é que o relatório seja votado ainda nessa semana pela CCJ. Se o parecer for aprovado pela maioria dos membros da comissão, ele ainda precisará ser submetido ao plenário da Câmara e ter o aval de, pelo menos, 342 dos 513 deputados.
Pollyana Gama (PPS) defendeu a abertura de ação penal contra o presidente. “Eu sou favorável para realmente termos acesso aos detalhes. Esses acontecimentos mostram que, embora tenhamos uma série de ações e medidas contra corrupção, infelizmente muita gente ainda se considera acima do bem e do mal”, afirmou a parlamentar.
“É difícil dar uma certeza porque estamos falando de mais de 300 lideranças, de diferentes partes do Brasil. Pelos corredores, na semana passada, algumas pessoas estavam resistentes e agora já se manifestam de uma forma diferente. Então, vejo que há chances de a denúncia ser aprovada”, acrescentou.
Flavinho (PSB) diz que as denúncias contra o presidente precisam ser apuradas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). “Sou favorável ao processo, visto que essas provas são muito concretas”, disse o deputado em vídeo publicado em sua página no Facebook.
O deputado Eduardo Cury (PSDB) também foi procurado pelo Meon.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o tucano informou que votará a favor da admissibilidade da denúncia contra Temer "pelos mesmos motivos que votou a favor da cassação de Eduardo Cunha e do impeachment de Dilma Rousseff".
O tucano avalia que a denúncia da Procuradoria-Geral da República traz elementos suficientes para que se abra a investigação contra o presidente, apesar de entender que a medida poderá provocar turbulências, principalmente na área econômica.
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