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Em plena era digital, radialista de Cunha é alvo de boca a boca falso de que havia morrido

Notícia falsa não foi divulgada na internet, mas em poucas horas a cidade toda ficou atordoada

Escrito por Ana Lígia Dal Bello

09 OUT 2021 - 09H55 (Atualizada em 09 OUT 2021 - 10H20)

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Nunca se falou tanto em fake news, ou notícias falsas, que, uma vez divulgadas na internet, provocam os mais diversos danos. Mas, dessa vez, foi o boca a boca "offline" que jogou o radialista José Antônio Oliveira numa situação ímpar na sexta-feira (08), em Cunha.

Leia MaisEm São José, GCM prende autores de incêndio a viaturas da fiscalização municipalCiclista romeiro sobrevive a atropelamento na via Dutra, em São José João Doria reafirma pré-candidatura à presidência da República em evento do PSDB nesta sexta em São José“Tirei uns dias para descansar na pousada de um amigo, em outra cidade. Na quinta-feira (7) à noite, deu uma chuva, fiquei sem internet e o celular não pegava. Na sexta-feira (8) cedo, quando fui sair, meu filho me ligou lá de Cunha, contando que estava o maior furdunço na cidade; que eu, como radialista da Rádio Serrana FM, pessoa bastante conhecida, tinha morrido”, conta Oliveira em entrevista ao Portal Meon.

O radialista continua o relato. “E as pessoas ligando para a rádio, minhas filhas desesperadas. Uma filha que trabalha no banco se sentiu mal, meu primo que trabalha no outro banco se sentiu mal com essa notícia divulgada da minha morte. Recebi centenas de ligações, gente ligando para minha esposa perguntando hora do sepultamento”.

Vivinho da Silva

Segundo o comunicador, a informação falsa não foi divulgada na internet, mas correu boca a boca. “Nas redes sociais, a lei de hoje garante que a gente consiga identificar de onde veio, mas foi divulgado de boca a boca. A cidade é pequena, tem 20 e poucos mil habitantes, a notícia ruim corre logo. Quando cheguei na estrada (onde havia sinal de celular), meu filho ligou e foi quando mandei mensagem para todo mundo, publiquei no Facebook que era mentira de uma pessoa maldosa”.

O radialista, que lida com notícias diariamente, sentiu na pele a gravidade de uma informação falsa. “Aí vem o que a gente sempre fala no rádio, a tal de fake news. Foi uma fake news de boca a boca que feriu muito a gente, magoou muita gente, minha esposa que estava comigo, que me desestabilizou porque minhas filhas estavam chorando falando comigo por telefone”.

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Em plena era digital, radialista de Cunha é alvo de boca a boca falso de que havia morrido


Apelo ao bom senso

Se, antes do ocorrido, José Antônio já alertava para a disseminação de mentiras, agora, então, sua mensagem é mais contundente. “Isso tudo vem provar a falta de responsabilidade dessas pessoas que criam essas notícias falsas. Gravei mensagens para a rádio, coloquei no ar três vezes, nossos apresentadores também explicaram que foi notícia falsa”.

“Cuidado ao falar dos outros, não comprometa as pessoas. Você magoa muita gente desnecessariamente com as suas mentiras e fofocas. Não compartilhe coisas que você não conhece, das quais não tem certeza. Que isso sirva de alerta para que as pessoas tomem mais cuidado com aquilo que fazem, divulgam, que passam para outros”, é o apelo do radialista, que está vivo!

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Por Ana Lígia Dal Bello, em RMVale

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