Por Meon Em RMVale

Embraer espera lucro operacional próximo a zero em 2019

Empresa divulgou projeções nesta quarta-feira

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Crescimento do mercado de jatos executivos está em ritmo mais lento que o esperado pela Embraer

Arquivo/Divulgação

A Embraer divulgou nesta quarta-feira (16) a revisão das estimativas da companhia, apontando queda na receita líquida e nas entregas de jatos executivos, em relação ao previsto em março do ano passado. O lucro operacional deverá ser aproximadamente zero em 2019.

As projeções serão apresentadas formalmente aos investidores na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), na tarde desta quarta-feira.

Com isso, as receitas consolidadas da Embraer para o ano de 2018 são agora esperadas em aproximadamente US$ 5,1 bilhões, uma redução da faixa anterior de US$ 5,4 bilhões – US$ 5,9 bilhões.

A fabricante brasileira ressalta ainda que a recuperação do mercado de jatos executivos está em ritmo mais lento que o esperado. Este cenário e lançamento dos novos jatos Praetors, no segmento médio/super-médio, levaram a companhia a uma abordagem mais cautelosa para as entregas de jatos executivos em 2018.

Com isso, a Embraer entregou 91 jatos executivos totais no ano de 2018 --a previsão era de 105-125; a estimativa para a aviação comercial foi mantida.

Com a redução das entregas de jatos executivos, a Embraer agora espera que as receitas no segmento de jatos executivos caiam para US$ 1,1 bilhão (a projeção era de US$ 1,35 bilhão a US$ 1,50 bilhão).

O prejuízo causado pelo acidente com o protótipo 001 ocorrido em maio de 2018, teve impacto negativo na receita do segmento de Defesa & Segurança. Este impacto levou a uma nova estimativa de receita de, aproximadamente, US$ 0,6 bilhão neste segmento. Com isso, as receitas consolidadas da Embraer para o ano de 2018 são agora esperadas em aproximadamente US$ 5,1 bilhões, uma redução da faixa anterior de US$ 5,4 bilhões a US$ 5,9 bilhões.

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Queda nos investimentos
A Embraer também estima que os gastos com investimentos para o ano de 2018 fiquem em aproximadamente US$ 300 milhões, abaixo da visão anterior que estimava um total de US$ 550 milhões.

A fabricante ressalta, porém, que os menores gastos com investimentos não impactaram negativamente os projetos em andamento na companhia.

Em decorrência da redução das entregas de jatos executivos, parcialmente compensados por menores gastos com investimentos no ano de 2018, a empresa que o fluxo de caixa livre em 2018 seja de aproximadamente US$ 200 milhões (versus um uso de US$ 100 milhões ou mais, anteriormente).

Jato E2 - KC-390 Embraer Divulgação

Para 2019, Embraer espera entregar dois cargueiros KC-390

Arquivo/Divulgação



Projeções 2019

Para o ano de 2019, a Embraer espera entregar 85 a 95 jatos comerciais, 90 a 110 jatos executivos, incluindo jatos executivos leves e grandes, 10 aviões Super Tucano e dois cargueiros KC-390.

As receitas totais devem ficar entre US$ 5,3 bilhões e US$ 5,7 bilhões. A empresa espera atingir uma margem de lucro operacional (EBIT) de aproximadamente zero no ano 2019. O EBIT é o lucro antes de se descontar despesas financeiras (juros, impostos, depreciação e amortização). 

A Embraer destaca que as projeções de 2019 incluem potenciais custos e despesas associadas com a criação da nova empresa (“JV Aviação Comercial”), em parceria com a Boeing, na aviação comercial.

Com a conclusão da parceria descrita acima, estimada para o final de 2019, a Embraer antecipa uma estrutura de capital sem alavancagem, com posição de caixa líquido de aproximadamente US$ 1,0 bilhão após o pagamento de um dividendo especial para os acionistas de aproximadamente US$ 1,6 bilhão.

Projeções 2020
A Embraer apresenta projeções para o ano de 2020, o primeiro ano após a potencial conclusão da aliança que cria a parceria estratégica entre Embraer e Boeing na Aviação Comercial. A fabricante brasileira espera atingir uma receita líquida entre US$ 2,5 bilhões e US$ 2,8 bilhões, uma lucro operacional (EBIT) entre 2% e 5% no ano de 2020.

As projeções apresentadas para 2020 contemplam 100% dos resultados esperados dos segmentos de Aviação Executiva e Defesa & Segurança e excluem os resultados vindos da participação de 20% da Embraer na joint venture da aviação comercial em parceria com a Boeing.

 

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