Um empresário de 52 anos, ligado ao setor de mobiliário de São José dos Campos, está preso há sete meses em Joub Jannine, a pouco mais de 50 quilômetros da capital Beirute, no Líbano. Khaled Mohamad Majzoub é libanês e estava radicado no Brasil há 35 anos, onde contribuía com entidades dos dois países. Ele e a esposa lutam para provar a inocência, em meio à burocracia e carência de informações.
Khaled Majzoub e a companheira, Mona Abdul Latif El Majzoub estavam de visita no Líbano. Segundo a assessoria de imprensa do casal, em 21 de agosto de 2021, eles saíram para jantar com amigos num restaurante. No caminho para casa, foram abordados por criminosos armados e tiveram o carro em que estavam alvejado por tiros. O casal escapou, apesar de ter batido num carro que estava na frente. Uma amiga do casal, que vinha no carro de trás, foi atingida pelos tiros e morreu no local.
Na madrugada de 22 de agosto, Khaled foi à delegacia denunciar o caso. Após horas de interrogatório, o empresário foi detido e informado pelas autoridades que a liberação viria após levantamento de informações sobre o crime, o que não aconteceu. Dois dias depois, sua esposa também foi detida, ambos sem prova ou acusação. Desde então, os advogados da família no Brasil e no Líbano tentam acessar o processo e cobram providências da justiça libanesa, sem sucesso.
Há cerca de um mês, Mona Abdul foi solta após ter pagado fiança. Ela se recupera de um câncer obteve o direito de deixar a cadeia para continuar o tratamento no Líbano, sem poder retornar ao Brasil. Embora também requeira cuidados, devido à bolsa de colostomia que usa por causa de um câncer descoberto e tratado em 2006, Khaled teve a liberdade negada, mesmo com a apresentação dos laudos médicos.
Consultada pela família, a advogada Ângela Israel, especialista em Direito Internacional, explicou que a Constituição do Líbano data de 1926, de quando ainda era uma colônia francesa. Apesar de a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 ter trazido o principio da presunção de inocência, isso não foi incorporado ou reconhecido na legislação do daquele país, de modo que a prisão para averiguação ainda é permitida.
A família espera que a embaixada brasileira intervenha no caso.
Acionado, o Ministério das Relações Exteriores respondeu ao Portal Meon que está ciente do caso e que, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, “tem buscado prestar a assistência consular cabível aos cidadãos brasileiros, em conformidade com a legislação local e os tratados internacionais vigentes”.
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