Por Rodrigo Machado Em RMVale

Futuro secretário de Urbanismo quer mais diálogo entre setores em S. José

Engenheiro foi escolhido pelo próprio prefeito eleito Felicio Ramuth

Felicio Ramuth

Felicio Ramuth ao lado dos futuros secretários Anderson Ferreira, Cristiane Pinto, Marcelo Manara e José Turano

Rodrigo Machado/Meon

O nome do engenheiro agrônomo Marcelo Pereira Manara para ocupar a futura Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade na administração de Felicio Ramuth (PSDB) em São José dos Campos foi recebido por ambientalistas e representantes de entidades ligadas ao meio ambiente como uma oportunidade para políticas públicas mais ativas.

Ele foi escolhido pelo tucano com a aprovação de boa parte de ambientalistas da cidade e tem a missão de além de dar novo formato à pasta, que segundo ele "não perderá o status de secretaria", dar atenção especial ao setor rural, participar das discussões e decisões sobre a Lei de Zoneamento - e isso inclui corrigir falhas e dar mais autonomia e espaço às entidades como o Comam (Conselho Municipal de Meio Ambiente) e o CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano).

O Meon apurou que antes do nome de Manara, ambientalistas estavam apreensivos. Em carta aberta, um manifestante apontou a preocupação na fusão da pasta ambiental à de planejamento. "O nome dado é interessante: Urbanismo e Sustentabilidade . O desafio da transversalidade é enorme", diz o trecho do documento.

O consenso e a aceitação do nome vieram depois de reuniões de apresentações do futuro secretário feitas exclusivamente por Ramuth na sede do Comam. “Com relação à recepção dos ambientalistas, ainda nós estamos no processo de avaliação porque temos vários colegas ambientalistas, representantes de entidades e a sociedade, que viram a proposta como um ganho e uma oportunidade muito grande de tornar (a secretaria) mais ágil, mais ativa, muito mais participativa das grandes decisões dos municípios e das questões de sustentabilidade", disse Manara durante coletiva de imprensa.

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Marcelo Pereira Manara

Divulgação

Formado pela Unitau (Universidade de Taubaté), Manara foi assistente técnico do Ministério Público de São Paulo entre 2005 e 2012 e professor do curso de pós-graduação em gestão ambiental de 2009 a 2011. Ele presidiu associações e conselhos de desenvolvimento rurais e ONGs ambientalistas e foi conselheiro titular do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente). No ano passado, foi eleito conselheiro titular do Conselho Nacional de Meio Ambiente.

"Por outro lado há sempre aqueles que têm um certo receio, porque a mudança naturalmente no ser humano causa sempre uma preocupação e todos os argumentos vão de encontro com aquela preocupação do que virá, será que vai dar certo?", disse ainda sobre a indicação de seu nome. "A Secretaria de Meio Ambiente enquanto secretaria não perdeu o status, não perdeu suas estruturas, seus programas que estão sendo desenvolvidos. Quanto a isso, não ocorrerão mudanças, pelo contrário, os programas continuarão, enfim, vamos oxigenar, modificar e dar atenção especial para o setor rural", completou.

Ele disse ainda que buscará inovação no comando da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade. "É aquilo que eu falei, não quero que o meio ambiente seja visto como uma pedra no sapato, como uma questão que atrapalha o desenvolvimento econômico e social da cidade, porque é assim que muitos veem pela dificuldade, pelo calvário que se estabelece no trânsito entre as pastas, conversando por despacho, uma conversa fria, conversa morosa e que no Urbanismo e Sustentabilidade esses atores estarão no cotidiano tratando das propostas, dos projetos, daquilo que a cidade necessita", afirmou.

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Manara disse ainda apostar na política das 'portas abertas' e criticou o CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano). "Em relação ao Comam, não só ao Comam, mas também ao CMDU, nós pretendemos dar um espaço e uma importância que esses colegiados merecem. O Comam vem se reunindo, vem participando, discutindo das questões importantes do município. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano ainda precisa de um choque de gestão, de uma contribuição nossa. É independente e assim continuará, mas com certeza dentro desta pasta vão ter oportunidades (esses dois conselhos) de conversar mais. Como eu disse, urbanismo e sustentabilidade são irmãos, e é isso que vamos trazer com essa nova visão."

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