Por Meon Em RMVale

Galinhas d'angola viram arma no combate a escorpiões em São José

Animais são predadores naturais do aracnídeo; população apoia a ideia

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Aves ainda estão em fase de adaptação ao cemitério

Pedro Ivo Prates/Meon

Um jeito diferente de acabar com a infestação de escorpiões no bairro Santana, na zona norte de São José dos Campos, está dando o que falar.

A Urbam (Urbanizadora Municipal) levou seis galinhas d’angola ao cemitério Maria Peregrina para combater o problema. Ou melhor, digerir --as aves são predadoras naturais dos aracnídeos.

O novo 'excército' está em um viveiro dentro do cemitério desde a última quarta-feira (5), ainda em fase de adaptação à nova casa. A previsão é que segunda-feira (10) elas já estejam habituadas e possam ser soltas para começar à 'caça' aos escorpiões.

Para Paulo Aparecido, que trabalha no cemitério como pedreiro há 20 anos, a solução foi criativa. Ele conta que os escorpiões incomodam os moradores do bairro há muito tempo.

“Na quarta, quando as galinhas chegaram, achei a ideia um pouco estranha, mas agora que elas já estão se habituando ao local, acho que o projeto vai dar certo. Estava precisando de algo inovador para acabar com os escorpiões que saem do cemitério e vão até as nossas casas. Na minha mesmo eu já matei vários, espero que as galinhas nos ajudem a acabar com a infestação”, contou Aparecido.

Além da experiência com as aves, a Urbam está fazendo a troca do revestimento do muro antigo, que servia de abrigo para os animais. As famílias proprietárias de jazigos no cemitério estão sendo notificadas para fazer manutenção e eliminar as frestas onde os escorpiões se alojam.

De acordo com o diretor de operações da Urbam, Denis Roberto, o projeto foi criado a partir de uma prática já usada por alguns moradores.

“A galinha d’angola foi escolhida por ser um predador natural dos escorpiões. A alternativa das foi usada para atender solicitação dos moradores, já que algumas famílias utilizam as galinhas para combater esses animais,” explicou o diretor ao Meon.

Maria de Lourdes, moradora do bairro Santana, estava visitando o túmulo do irmão quando viu o viveiro com as galinhas.

“Fiquei curiosa quando vi as galinhas, perguntei a um homem que estava dando alimento para elas do que se tratava. Quando eu soube que elas estão aqui para combater os escorpiões, fiquei aliviada. Espero que dê certo e que as galinhas nos livrem desse incômodo,” disse a moradora.

De acordo com a Urbam, nos últimos 40 dias, uma equipe retirou 2.957 escorpiões no cemitério de Santana.  Os animais capturados vivos são encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses, de onde são recolhidos por uma equipe do Instituto Butantã. O veneno dos escorpiões amarelos é utilizado para fabricação de soro.

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Nos últimos quarenta dias, a Urbam retirou 2.957 escorpiões no cemitério

Pedro Ivo Prates/Meon

 

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