Objetivo é sensibilizar alunos, pais, professores e diretores sobre as propostas
Divulgação/CMJ
Um ato público contra as medidas de reorganização da rede pública de ensino, propostas por Geraldo Alckmin, está sendo organizado pela Cece (Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esportes) da Câmara de Jacareí.
O evento acontece às 19h desta quarta-feira (28), no plenário da Câmara Municipal, e tem por objetivo sensibilizar alunos, pais, professores, diretores e funcionários sobre a nova organização da rede estadual.
“Decidimos promover o ato para apresentar à população informações a respeito do que se trata a organização proposta pelo Estado, através da exposição de argumentos tanto da secretaria estadual quanto da Apeoesp”, afirma o presidente da comissão, o vereador Rogério Timóteo.
Na cidade, cerca de seis mil alunos podem ser atingidos pela medida, caso ela seja aprovada pela Assembléia Legislativa de São Paulo.
A medida
Segundo informações do site oficial da Secretaria Estadual de Educação, a proposta é aumentar no próximo ano o número de escolas divididas por ciclos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Através do ciclo único, alunos do Ensino Médio poderão estudar apenas com estudantes deste segmento. Entre os benefícios da medida estão a redução nos conflitos entre alunos de idades diferentes, além da melhor gestão da unidade, oferecendo a possibilidade de trabalhar estratégias pedagógicas voltadas a um único público.
Visão do professor
Segundo o diretor estadual da Apeoesp, o professor Roberto Mendes, a medida rompe a continuidade do processo de aprendizagem do aluno dentro do ambiente escolar.
“Quanto mais tempo o aluno passa em sua unidade escolar, mais ele aprende, pois se cria um vínculo com o ambiente, proporcionando o desenvolvimento do processo educativo”, explica Mendes.
Mendes ainda ressalta que esta proposta demonstra um processo de cortes nos recursos que o Estado repassa para a educação. “É mais um exemplo do descaso do governador, uma medida que reduz os investimentos, enxuga a máquina da mesma forma como foi feito em 1995, levando o ensino estadual cada vez mais para a precarização”, completa.
Boleto
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