Em audiência realizada nesta quinta-feira (8), o júri responsável pelo julgamento do caso da jovem Mariana Orbolato, agredida por um ex-ficante há dois anos, entendeu que o acusado não teria atentado contra a vida da garota, mas apenas teria tido a intenção de machucá-la.
A defesa de Mariana pedia uma pena máxima de 22 anos por tentativa de feminicídio, que significa tentativa de homicídio em decorrência do gênero da vítima.
O rapaz acusado de agredir a profissional de educação física estava em prisão preventiva pelos crimes de feminicídio qualificado tentato, do qual foi absolvido. Ele agora irá responder por lesão corporal grave, um crime que detém pena inferior, de um a cinco anos de reclusão, os quais o acusado deverá cumprir em regime semiaberto.
A sessão ocorreu sem a presença do público, em razão da pandemia de Covid-19, mas teve a manifestação de grupos de apoio à Mariana em frente ao Fórum.
A agressão aconteceu em 2019, quando a vítima tinha 22 anos. Ela teria sido agredida pelo então “ficante”, em frente à própria casa, na região leste de São José, após ter rejeitado as tentativas do rapaz de reatar o relacionamento.
Segundo a assessoria da jovem, os laudos da perícia teriam confirmado a força utilizada pelo suspeito, que teria causado diversas lesões – a de maior gravidade na face, que resultou em fraturas e sequelas à visão.
Nas redes sociais, a jovem afirmou: “eu passei pelo pior dia da minha vida, vendo a morte na minha frente. Mesmo assim não desisti e não perdi a minha fé. Mulheres, não se calem”.
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