Por Moisés Rosa Em RMVale

Médico de Cruzeiro é preso na maior ação policial contra o aborto no país

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Delegacia de Investigações Gerais realizou a operação em Cruzeiro

Divulgação

O médico ginecologista C.E.S.P., 43 anos, foi preso às 5h30 desta terça-feira (14) em uma casa no bairro Retiro da Mantiqueira, em Cruzeiro, durante a operação Herodes, deflagrada para desarticular uma quadrilha que praticava abortos no Rio de Janeiro. A ofensiva contou com a participação de policiais civis de Cruzeiro e do Rio. O médico cobraria R$ 7.500 por aborto.

Foi a maior operação no Brasil realizada pela Coinpol (Corregedoria Interna da Polícia Civil). Até as 16h, foram presas 57 pessoas por envolvimento no esquema, entre elas, seis policiais civis, três policiais militares, seis médicos, um bombeiro militar, um sargento do Exército e dois advogados. As apurações duraram 15 meses.

De acordo com a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Cruzeiro, as investigações apontam que C.E.S.P. realizou abortos em parceria com outros dez médicos, em 2013, no Rio de Janeiro. Atualmente, segundo a polícia, o ginecologista atendia nas Santas Casas de Aparecida, Cunha, Guaratinguetá e Lorena.

"Cumprimos o mandado de prisão preventiva do médico, que, segundo as investigações dos policiais do Rio de Janeiro, possivelmente participa de uma rede com mais de 60 pessoas que praticava abortos em uma clínica particular no bairro Bonsucesso", explica o investigador da DIG de Cruzeiro, Ricardo Coimbra.

Durante a operação Herodes, policiais cercaram a casa da namorada do médico, onde ele estava dormindo. "Fizemos campana desde as 4h30, analisando as planilhas de plantões que ele realizava. Por volta das 5h30 ele saiu e percebeu a movimentação da polícia, retornando para dentro de casa e se escondendo nos fundos de uma casa vizinha", comenta o investigador.

Os policiais fizeram buscas nas residências próximas ao local e o encontraram agachado no depósito de uma casa vizinha. Em depoimento à polícia, o médico negou qualquer tipo de envolvimento com a quadrilha. O ginecologista foi encaminhado para ser ouvido pela polícia no Rio de Janeiro e deve ser transferido para a presídio de Bangu.

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Por Moisés Rosa, em RMVale

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