Por Lucas Ananias Em RMVale

MST ocupa 350 hectares da 'Fazenda do Estado', em Pindamonhangaba

Famílias reivindicam terreno para implantação de assentamento agroecológico

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Fazenda está sendo reivindicada para reforma agrária

Divulgação/MST

Na madrugada desta segunda-feira (21), integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam a "Fazenda do Estado", pertencente ao Polo Regional do Vale do Paraíba da APTA (Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio), que é alvo de reivindicação de mais de 60 famílias. A área está localizada na estrada Borba Gato, às margens da rodovia Presidente Dutra, em Pindamonhangaba, no sentido Rio de Janeiro.

Segundo o MST, a ação faz parte de diversas lutas de reforma agrária no País, e que o terreno ocupado possuí 350 hectares de terra improdutivas, estas que já estariam autorizadas para privatização pela lei 16.338/2016, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2016.

A diretora regional do MST, Suelyn da Luz de 31 anos, declara que o objetivo é a implantação de um assentamento agroecológico, buscando utilizar o terreno da 'Fazenda do Estado' para produção agrícola de produtos orgânicos em parceria com pesquisas.

“O objetivo é que esses trabalhadores possam viver do que plantam, e ainda fornecer um produto de qualidade e sem agrotóxicos para a população de Pindamonhangaba e do Vale do Paraíba. E o movimento realiza uma parceria com a APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), onde eles estram com a parte científica e nós com a mão de obra ”, diz.

Antigas ocupações

Em 2015, a mesma área já havia sido ocupada, quando famílias do MST foram despejadas de outra fazenda.

A mais recente ocupação, aconteceu em abril deste ano, na Fazenda Guassahy, às margens da via Dutra, em Taubaté. Cerca de 100 famílias permaneceram acampadas por cerca de um mês, reivindicando a reforma agrária da área, que segundo o movimento, está se utilidade há mais de dez anos.

Outro lado

O Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Pindamonhangaba foram procuradas pelo Meon, mas não obtivemos retorno até a publicação desta reportagem.

 

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