Na madrugada desta segunda-feira (17), integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam a Fazenda Guassahy, de 300 hectares, localizada às margens da rodovia Presidente Dutra, na altura do km 119, em Taubaté. Segundo informações de lideranças do MST, cerca de 100 famílias participam da ocupação. Veja vídeo abaixo:
Segundo o MST, a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela reforma agrária e é realizada no Dia Internacional da Luta Camponesa (17 de abril), data que relembra o assassinato de 21 sem-terra durante uma manifestação ocorrida em 1996, no município de Eldorado dos Carajás (PA).
Logo após a ocupação, as 100 famílias hastearam 21 bandeiras em homenagem aos sem terra do massacre de Eldorado dos Carajás, além de faixas com frases de repúdio à reforma da previdência.
Suelyn da Luz, 31 anos, que integra a direção regional do MST, disse ao Meon que a área escolhida para a ocupação não foi aleatória. Segundo ela, o terreno foi destinado pela prefeitura para a implantação de um autódromo. “Mas, desde 2010, nada aconteceu. É uma área improdutiva e sem nenhuma função social”, disse.
Essa mesma área já foi alvo de uma ocupação do MST, em 2010. A ação, este ano, tem o objetivo de exigir o assentamento imediato das 120mil famílias em situação de acampamento em todo o país, das quais cerca de 3 mil apenas no estado de São Paulo.
Para a líder dos sem terra, ter voltado para a mesma área, anos depois, tem um motivo. "Voltamos porque, mesmo após todo esse tempo, a área continua improdutiva. Queremos negociar com a prefeitura de Taubaté", disse Suelyn.
Outro lado
A Prefeitura de Taubaté informou, por meio de nota, que uma viatura da Policia Militar está no local e a Guarda Civil Municipal também foi acionada para ir até lá "entender a situação".
Na nota, a prefeitura informa ainda que, por conta do feriado de São Benedito, não há expediente na Prefeitura nesta segunda-feira (17). Nesta terça (18) retornam as atividades e será possível confirmar a situação cadastral da área e avaliar a necessidade de acionar a Secretaria de Negócios Jurídicos para medidas cabíveis.
O Meon também entrou em contato com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que informou que a situação da área está sendo avaliada.
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