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Mulheres assumem serviços que antes eram feitos só por homens

Em São José das 896 mulheres, 334 atuam nos serviços de varrição e manutenção da cidade

Escrito por Meon

28 FEV 2021 - 15H42

Foto: Cláudio Vieira/PMSJC

Elas estão em todos os setores e são 25% do total de funcionários da Urbam, que somam quase 3.500. No dia a dia, elas estão cada vez mais desempenhando, e bem, funções antes lideradas pelos homens.

Das 896 mulheres, 334 atuam nos serviços de varrição e manutenção da cidade, essenciais para a qualidade de vida dos moradores de São José dos Campos. Maria Desterro dos Santos, 49 anos, trabalha na varrição, no Jardim Satélite, há pouco mais de um ano. Ela chega ao trabalho às 6h.

“Agradeço muito por estar trabalhando em um emprego fixo e com os benefícios. Sou o carro chefe em casa, pois meu marido faz trabalhos temporários no momento.”

Para ela, o principal é ter força de vontade. “Temos capacidade para conseguir tudo o que queremos. Vamos chegar onde planejamos com esforço e otimismo.”

Grande parte desta equipe atua em atividades antes exercidas apenas pelos homens, como coleta de lixo, sepultamentos, vigilância patrimonial, plantio de árvores e obras.

Ana Paula do Carmo Sales é a primeira mulher a trabalhar na vigilância patrimonial. “Entrei na Urbam há quase treze anos. Eu já atuava neste setor antes. Sou feliz na minha atividade e continuo sonhando e correndo atrás dos meus objetivos.” Aos 42 anos, com seis filhos e dois netos, a rotina no trabalho e em casa não foi empecilho para que ela fizesse dois cursos superiores. “Fiz Administração e agora faço Análise de Desenvolvimento de Sistemas.”

“Quebrando barreiras”: é dessa forma que Ana Paula Silva, 31 anos, vê a atividade de sepultamento, exumação e limpeza de cemitérios onde atua desde 2017. “Acho que não existem mais funções específicas dos homens. Fazemos os mesmos serviços. É importante seguir as orientações para não haver desgaste físico. Não se trata de força, mas de fazer o trabalho da maneira correta, pensando antes de agir e seguindo as normas.”

Para ela, o emocional é o mais difícil de lidar, pois envolve a perda dos entes queridos das pessoas. Mas a gente consegue. “Aprendemos um pouco a cada dia.”

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