Ovos de páscoa e bacalhau ficam 10% mais caros na RMVale

Os tradicionais ovos de páscoa e o quilo do bacalhau ficaram 10% mais caros na RMVale neste ano, segundo pesquisa do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) em São José dos Campos, Taubaté, Caçapava e Campos do Jordão. Ambos puxam a alta de preços dos produtos mais comercializados na Semana Santa, com 10,33% (ovos de 250 gramas, sem brinquedos) e 10,27%, respectivamente.

Apesar de altos, os preços não ultrapassaram a inflação medida pelo IPCA/IBGE, de 10,54%, de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022.

No ano passado, os ovos de chocolate sem surpresa que custavam R$37,39, agora custam R$ 41,25; e o quilo do bacalhau subiu de R$82,56 em 2021 para R$ 91,04 este ano.

“Os ovos de páscoa subiram bastante, apesar da variedade, mesmo os mais simples, tradicionais, até os pequenininhos estão mais caros. (...) Não comprei ovos, comprei caixas e barras para presentear família e amigos”, relatou a professora aposentada Marina Santos, de 65 anos, que fez a compra da Semana Santa com antecedência.

“Alguns chocolates que comprei no começo de março estão com o preço mais caro agora neste final de mês. Comprei o bacalhau logo depois da virada do ano, porque estava em estoque e fizeram aquela baixa de preço pós-festas. Já vi que o preço subiu novamente; se tivesse deixado para agora, provavelmente trocaria de peixe”, acrescentou.

Outros itens (por quilo)

O quilo do filé de peixe passou de R$37,72 para R$39,80; a alta foi de 5,51%. Os 500 gramas de azeitona, que custavam R$14,66 foram para R$16,06 (+9,55%). Ovos de páscoa (250 gramas) com surpresa subiram de R$54,87 para R$59,53 (+8,49%) e o preço dos bombons (caixa de 300 gramas) foi de R$9,73 para R$10,09 (+3,70%).

Apesar de mais caros, os preços médios da cesta de Páscoa ainda estão próximos da inflação, provavelmente, diz o Nupes, porque os consumidores vêm perdendo renda nos últimos dois anos, sobretudo por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19. Na prática, significa que o bacalhau só não está mais caro porque a demanda está baixa e que o ovo de chocolate só não ultrapassou a inflação graças aos produtores caseiros, que competem com as grandes marcas.

Dicas

Se o consumidor não tiver feito a compra com antecedência, pode encontrar preço um pouco acessível ao fazer pesquisa em diferentes mercados. Também é útil procurar na internet, no caso dos ovos, barras ou bombons. Substituir os ovos por outros itens de chocolate também vale. Ao escolher o peixe, fique atento à aparência, que pode indicar se o produto foi bem ou mal armazenado e se está no prazo de validade.