Torcedor, no dicionário é “aquele que torce, que ou quem é apoiante de esportista ou de equipe de esporte”. Ainda no campo semântico, a palavra amor significa “grande afeição, sentimento profundo, apego, carinho ou ternura”.
No dicionário as palavras não se complementam e muito menos tem significados próximos, mas quando se trata de futebol é impossível não falar do amor da torcida com os times, uma relação de sentimento que move várias pessoas por quilômetros apenas para incentivar uma equipe durante 90 minutos, mas isso, para grande parte dos torcedores, é válido para apoiar o time do coração.
Na RMVale, os times que se destacam são o E.C. Taubaté e o São José E.C. e ambos contam com o apoio de torcidas organizadas que acompanham os jogos independentemente de onde for.
A Dragões Alvi-Azul é a maior torcida uniformizada do E.C. Taubaté. Criada em 4 de dezembro de 1988 a torcida nasceu depois de um grupo de amigos sambistas, que perceberam que o Burro da Central não tinha uma torcida que acompanhava o time em todos os jogos. Desde então os membros da Dragões estão presentes nas conquistas e também nos momentos ruins do Taubaté, sempre incentivando a equipe.
Júlio César Lopes, mais conhecido como Piu, é presidente da Dragões Alvi Azul e confessa que o amor pelo Burro da Central nasceu quando ele era criança. “Ainda criança ouvia falar que no domingo tinha jogo do Taubaté no Joaquinzão aí fui uma vez e foi amor à primeira vista, cheguei (na torcida) aos 10 anos de idade, ainda meio tímido, mas logo me enturmei com os demais”, relembra. Ainda sobre o amor pelo Taubaté, Lopes afirma que teve que fazer uma escolha há alguns anos. “Quando o E.C. Taubaté caiu para a última divisão do paulista fiz uma escolha, então de 2009 até agora resolvi me dedicar somente ao Time da minha cidade, deixando de seguir o Time de Alto Nível e me dedicando ao time da minha cidade umas das melhores escolhas que fiz na vida”, explica.
Quando se trata de uma história marcante para o torcedor, Piu relembra a conquista da série A3, em 2015, contra a Votopuranguense. “Não posso deixar de registrar à final de 2015 na cidade de Votuporanga, onde enfrentamos uma longa viagem e lá tomamos 3x0 no placar, fim do jogo torcida deles comemorando e muito e nós num cantinho do estádio, muitos ali não seguraram às lágrimas, mas sabíamos do jogo da volta e passamos confiança aos demais num momento difícil, dentro do ônibus na volta dizia domingo vamos vencer, passou à semana e chegou aquele domingo tão esperado onde numa manhã fria com chuva, o Burro lavou à alma e saiu campeão”, relembra Piu. Na oportunidade, o Taubaté fez 4 a 0 e levou a taça.
O São José E.C. não fica para trás e também conta com uma torcida organizada extremamente apaixonada. A Mancha Azul nasceu em novembro de 1987, sob o lema “Garra e União”. A torcida conta com membros fanáticos que estão sempre ao lado da equipe nos jogos dentro e fora do Martins Pereira, casa da Águia do Vale. A Mancha também se orgulha de não só apoiar a equipe nos gramados, mas também cobrando a diretoria do time buscando o melhor para a equipe.
Lucas Camargo, também conhecido como Luckinha, é presidente da Mancha Azul e lembra como começou o amor pela Águia do Vale. “A partir de um grupo de amigos conheci o São José, a maioria morava na Zona Sul e eles iam para os jogos juntos, fui em um jogo e o estádio estava cheio e assim conheci a torcida e time, depois de um tempo comecei a conhecer a história, tradição do clube e assim me tornei mais um torcedor”, conta. Ele também define a torcida como “movida por um sentimento inexplicável, que vive por amor ao clube, ela carrega uma história imensa do São José, são 33 anos de Mancha, muitos torcedores apaixonados já passaram por aqui e muitos ainda são Lendas vivas, cada um com sua história”.
Luckinha não consegue escolher apenas uma lembrança da torcida com o time de coração, mas vários momentos que viveu e ainda vive ao acompanhar o time de coração em qualquer lugar que a Águia vá jogar. “São várias histórias boas e ruins desde que entrei em 2010 sempre tive disposição para viver o dia a dia da Mancha, minhas histórias marcantes sempre foi as que viajamos em 2 pessoas de ônibus de linha para representar a torcida em jogos distantes, essas sempre são as mais difíceis, dois dias fora de casa, gastando dinheiro do bolso muitas vezes nem dinheiro para comer sobra, mais todas as viagens e caravanas são marcantes”, finaliza o torcedor joseense.
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