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Parque Capivari inaugura primeira floresta líquida do Brasil

Projeto é inédito no país

Escrito por Meon

11 JUL 2025 - 11H00 (Atualizada em 11 JUL 2025 - 13H29)

Divulgação

O Parque Capivari, principal atrativo turístico de Campos do Jordão, inaugurou a primeira Floresta Líquida do Brasil instalada em um parque de diversões. O projeto é inédito no país e reúne ciência, sustentabilidade e experiência turística em um mesmo espaço, com cinco árvores tecnológicas que purificam o ar de forma contínua e silenciosa.

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A instalação, composta por cinco Árvores Líquidas de alta tecnologia, é uma proposta inovadora que une conscientização ambiental e ciência para ajudar na purificação do ar e no combate às mudanças climáticas. Juntas, as cinco estruturas têm a capacidade de desempenhar o trabalho equivalente a até 200 árvores convencionais.

“Nosso compromisso com a sustentabilidade é constante e prático. A instalação da Floresta Líquida reforça a intenção do Parque Capivari de ir além do entretenimento e contribuir efetivamente com o meio ambiente, por meio de ações reais e mensuráveis”, afirma Rafael Montenegro, diretor geral do Parque Capivari.

As estruturas simulam o processo de fotossíntese por meio de microalgas cultivadas em fotobiorreatores. Cada árvore é capaz de capturar dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e liberar oxigênio em tempo real. Segundo dados técnicos, uma única árvore líquida equivale a 150 árvores convencionais em capacidade de captura de carbono.

Além da purificação do ar, o sistema produz biomassa que pode ser utilizada como matéria-prima para biocombustíveis e fertilizantes. A operação é alimentada por energia elétrica ou fotovoltaica, e os dados de desempenho são monitorados em tempo real por sensores integrados.

“Diferente do que se possa imaginar, a Floresta Líquida não tem o objetivo de substituir árvores naturais ou florestas verdes. Pelo contrário: ela surge como uma aliada nessa causa, somando esforços à preservação da natureza e ampliando o debate sobre soluções urbanas e tecnológicas para os desafios ambientais atuais”, esclarece Montenegro.

A iniciativa integra a estratégia ESG do Parque Capivari e contempla três frentes de atuação: Ambiental (com captura de CO₂, liberação de oxigênio e geração de biomassa), Social (com ações de educação ambiental para visitantes e escolas) e Governança (com dados transparentes e auditáveis).

“Campos do Jordão recebe cerca de quatro milhões de turistas por ano e a visibilidade que temos aqui é uma oportunidade para ampliar a conscientização ambiental em grande escala. O impacto vai muito além dos limites do parque”, destaca o Diretor do Parque.

O projeto se baseia em pesquisas que demonstram que cerca de 54% do oxigênio atmosférico é produzido em ambientes aquáticos, especialmente por organismos como microalgas e fitoplânctons. A tecnologia das árvores líquidas replica esse processo natural de forma controlada e eficiente, utilizando luz artificial com espectro específico e um sistema interno de borbulhamento que realiza a troca gasosa com o ar.

A necessidade de soluções sustentáveis no combate ao excesso de carbono é urgente. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o CO₂ representa cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa. A concentração atmosférica do gás atingiu 419 partes por milhão em 2023, o maior índice dos últimos 800 mil anos, segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos).

“Se quisermos encontrar soluções para o futuro, precisamos olhar com mais atenção para o que a própria natureza já faz com maestria. A Floresta Líquida é uma resposta a esse olhar. Trata-se de uma síntese entre biotecnologia e respeito aos ciclos naturais”, diz Montenegro.

Além da função ecológica, a Floresta Líquida no Parque Capivari será também um espaço de educação ambiental e inspiração para visitantes de todas as idades. “A partir de agosto, a Floresta Líquida também passará a funcionar como sala de aula ao ar livre para estudantes de Campos do Jordão e de toda a região da Serra da Mantiqueira”, finaliza Rafael Montenegro.

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