Por Vinicius Assis Em RMVale Atualizada em 07 MAI 2020 - 21H29

Pesquisa aponta que sete a cada dez internautas brasileiros acreditam em fake news sobre a Covid-19

O levantamento também fez a pesquisa na Itália e nos Estados Unidos, o Brasil ficou a frente dos dois

Marcello Casal/Agência Brasil
Marcello Casal/Agência Brasil
A maioria das informações falsas são espalhadas pelo Whatsapp


Além da pandemia do novo coronavírus, as fake news também estão afetando cada vez mais os brasileiros. Sete a cada dez internautas brasileiros, o que representa 110 milhões de pessoas, acreditam ou acreditaram em ao menos uma fake news envolvendo o novo coronavírus. Os dados são da Avaaz, uma organização de pesquisa e petições online.

De acordo com a pesquisa da Avaaz, 73% dos brasileiros creem em notícias falsas sobre o vírus. A pesquisa também fez o estudo na Itália e nos Estados Unidos. 65% dos estadunidenses acreditam nas fake news e 59% dos italianos acreditam em notícias falsas sobre o vírus. Sendo assim o Brasil segue liderando o ranking negativo.

Os tipos de notícias falsas sobre o coronavírus são as mais diversas. Alguns divulgam que existe cura milagrosa para o vírus – até agora nenhum medicamento usado tem eficácia comprovada por estudos científicos. Outros espalham que estão realizando enterros com caixões vazios para prejudicar políticos ou que a pandemia é uma invenção da mídia. Todas essas são fake news sem procedência alguma.

Ainda segundo a pesquisa da Avaaz, a fake news mais compartilhada foi a de que o coronavírus veio de um laboratório chinês secreto. Afirmação sem nenhuma evidência científica muito menos provas para isso. Ainda de acordo com a pesquisa, 6 em cada 10 brasileiros recebem as fake news pelo Whatsapp, enquanto 5 em cada 10 também as recebe pelo Facebook.

A coordenadora da pesquisa Laura Moraes condenou as fake news e disse que vários setores são prejudicados com as notícias falsas. “Isso pode levar cada indivíduo a contagiar centenas de pessoas com o coronavírus, anulando os esforços de médicos e do poder público”.

A BBC, órgão de imprensa mundial, elaborou um passo a passo simples para evitar que as fake news se propaguem e que mais pessoas acreditem nela.

O primeiro passo é ler toda a matéria, não apenas o título. Em seguida, cheque se a fonte é confiável analisando o portal e a autoria, após isso procure notícias sobre o tema nos buscadores online, isso também vale para áudios e imagens. Por último pergunte a quem compartilhou a notícia qual a procedência dela. Caso desconfie que seja falsa não compartilhe. Além disso, desconfie de manchetes com erros de português, palavras de baixo calão ou insultos sobre outra pessoa.

Atualmente, disseminar fake news não é considerado crime no Código Penal. Ainda assim, nos artigos de contravenções penais, o ato de “provocar ou alarmar anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto” pode gerar pena de até seis meses.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Vinicius Assis, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.