O uso cada vez maior de agrotóxicos no Brasil representa ameaça à sobrevivência das abelhas, responsáveis pela polinização de 70% das plantas cultivadas para a alimentação. Isto é o pretende demonstrar a pesquisa desenvolvida pela Unitau (Universidade de Taubaté), em parceria com a UFMA (Universidade Federal do Maranhão).
Os primeiros levantamentos foram realizados em junho e envolvem a coleta de amostras de mel e de água em apiários localizados próximos a áreas de plantio agrícola.
“A ideia é verificar a qualidade do mel dessas áreas, se há resíduos de agrotóxicos e a qualidade dos corpos d’água superficiais. Por quê? As abelhas precisam de água e se essas águas estiverem contaminadas, elas vão levar a contaminação para o mel”, afirmou a professora doutora Gilvanda Silva Nunes, que integra o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Unitau.
Segundo a pesquisadora, o projeto também prevê avaliar a suscetibilidade das abelhas com ferrão e sem ferrão de regiões quentes e frias do Brasil. “A gente quer avaliar e verificar se existe alguma correlação dos resultados em relação ao clima. Se as abelhas de clima quente, mesmo das mesmas espécies, são mais suscetíveis ou não. Isso é um ponto importante para a apicultura e para a meliponicultura”.
No Vale do Paraíba, os levantamentos serão realizados pela Unitau em apiários de Taubaté, São Luiz do Paraitinga e em Santo Antônio do Pinhal. Já as regiões do Alto Turi e Baixada Maranhense serão mapeadas pela UFMA.
A pesquisa, que está prevista para durar dois anos, também vai contar com ensaios de toxicidade aguda e testes de mobilidade com as abelhas. “Esses compostos têm efeitos neurais nas abelhas. A capacidade de bater as asas fica diminuída, não conseguem voltar para suas colmeias. Existe até um termo cunhado para esse problema: distúrbio do colapso das abelhas”.
Além da professora Gilvanda, o grupo de pesquisa é integrado pelos professores doutores Marcelo Targa e Paulo Fortes, com o apoio voluntário de três alunos do curso de Medicina Veterinária. “Com o passar do tempo, vamos precisar de mais gente. Também buscamos parcerias para fazer as análises e viabilizar os deslocamentos da equipe. Nossa próxima atividade está prevista para agosto”, reforçou a pesquisadora.
Câmara de Taubaté abre processo seletivo para estágio
Bolsa auxilio será de R$1.412
SJC: Metalúrgicos da Sonaca entram no terceiro dia de greve
Sindicato pede para trabalhadores ficarem em casa
Governo de SP avalia utilizar Inteligência Artificial nas escolas
Plataforma seria para 'aprimorar' conteúdo digital
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.