Por Meon Em RMVale

Preço da cesta básica volta aos níveis de abril e fica estável na RMVale

Queda dos valores em julho reforça o forte impacto da greve dos caminhoneiros, segundo estudo do Nupes, de Taubaté

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O preço médio da cesta básica teve uma redução de -2,90% em julho relação ao mês anterior, passando de R$ 1.541,41 para R$ 1.587,52. Essa foi a maior baixa após as manifestações dos caminhoneiros que contribuiu para o aumento dos preços nos meses de maio e junho.

Com o restabelecimento do abastecimento nos mercados da região as variações nos preços voltaram aos níveis de abril, o que reforça o forte impacto das manifestações dos caminhoneiros e o retorno dos preços à normalidade.

A redução ocorreu porque na verdade estamos ajustando os preços pós aumento com a greve. A partir de agora os preços deverão se manter em uma trajetória normal, com pequenas oscilações”, disse Odir  Guarnieri, professor responsável pela pesquisa do Nupes.

Segundo ele, não deverá ocorrer um aumento significativo de preços nos próximos meses porque as pessoas estão mais cautelosas com os gastos. “Existe uma oscilação natural dos preços, mas agora o que podemos esperar é a manutenção”, afirmou o professor.

O valor mais baixo foi encontrado em Caçapava, onde o preço médio da cesta era de R$ 1.523,13 em julho; já Campos do Jordão foi a cidade que apresentou maior preço --R$ 1.554,81. A diferença da variação percentual do menor para o maior preço em julho foi de 2,08% --inferior à diferença do mês de junho, que foi de 2,21%.

Em todas as cidades pesquisadas ocorreram queda nos preços da cesta em julho, a maior variação foi registrada em Campos do Jordão, que teve uma queda de -3,04%. As menores variações ocorreram nas cidades de São José dos Campos e de Caçapava com -2,66% e -2,91%, respectivamente.

Comparando os preços médios de julho em relação aos de junho, dos 32 produtos de alimentação pesquisados, 16 apresentaram aumentos e 16 reduções.

Os produtos que apresentaram maiores altas no Vale do Paraíba foram: queijo fresco (- 4,93%) farinha de trigo (+4,09%) leite caixa (+3,50%), arroz (+2,70%) e mandioca (+2,21%).  Do lado dos produtos que registraram as maiores reduções foram: cebola (- 43,82%) cenoura (-33,95%), batata (-27,10%), tomate (- 24,96%) e mamão (- 15,68%).

Vale destacar que a taxa de julho (-2,90%) representa a menor variação da cesta básica do ano de 2018 e, também a maior queda dos preços dos últimos 12 meses, consolidando a tendência de estabilidade dos preços da cesta básica

Veja os produtos que apresentaram alta nos preços e as razões do aumento

Queijo Fresco (+ 4,93%)

O retorno às aulas puxou o consumo para cima assim como os custos de produção mais elevado gerado pelo aumento dos preços dos insumos básico o leite.

Farinha de Trigo (+4,09%)

A variação positiva pode estar relacionada a três fatores:  incertezas relacionadas aos valores de fretes no Brasil seguem limitando as negociações envolvendo trigo e derivados, o clima adverso influenciando reduções na produção e produtividade no Sul e o aumento do dólar encarecendo as importações do trigo.

 

Leite caixa (+3,50%),

O aumento no preço do leite está associado a redução da oferta que tipicamente ocorre no período do inverno com a queda na qualidade das pastagens. Associado a isso também há um aumento nos custos de produção com a utilização de maior volume de ração na alimentação do gado em substituição à pastagem natural.

Mandioca (+2,21%)

        Baixa oferta das regiões produtoras influenciadas pela estiagem que dificultou a recuperação da produção puxou os preços para cima.

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Veja os produtos que apresentaram queda nos preços e as razões da redução

Cebola (- 43,82%)

As condições climáticas e o aumento da oferta favoreceram a queda expressivas dos preços, sinalizando para o mês de agosto o mesmo comportamento devido a atividade ter o seu pico previsto este mês. Além disso, a volta do abastecimento com o fim das paralisações dos caminhoneiros a oferta voltou a normalidade.

Cenoura (-33,95%),

Maior produção e a volta a normalidade de transporte foi verificada desde o mês de junho tem contribuído para manter os preços em queda em todo o mês de julho.

Batata (-27,10%),

A baixa se deve, principalmente, à intensificação da safra de inverno, que está com elevada área. Os tubérculos seguem com excelente qualidade em todas as regiões produtoras consultadas pelo Cepea/Esalq/USP. Com a temporada de inverno se intensificando, a expectativa é que os preços continuem em queda. Associado a isso a volta da normalidade do setor de transporte.

Tomate (- 24,96%)

O clima favorável e baixa intensidade de chuvas favoreceram a produtividade do fruto e consequentemente a sua queda de preço. Além da volta a normalidade do setor de transporte.

Mamão (- 15,68%)

A redução do preço tem forte influência da normalização do abastecimento e maior oferta advinda da região Sul do País.


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