Por Meon Em RMVale

RMVale perde 112 médicos com saída de cubanos de programa federal

Prefeituras adotam medidas emergenciais para suprir vagas

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Governo cubano decidiu romper contrato com o Brasil após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro

Divulgação/MS



A RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) vai perder 112 médicos com a saída dos profissionais cubanos do Programa Mais Médicos.

Dos 39 municípios da região, 24 participam do programa federal e contam com médicos cubanos para atender moradores da periferia ou bairros rurais. A expectativa é que eles deixem a rede pública entre os dias 29 de novembro e 4 de dezembro.

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Na região, Jacareí é o município com maior número de médicos cubanos. De acordo com a prefeitura, atualmente, a cidade possui 39 médicos cubanos, que trabalham em 16 unidades do Programa Saúde da Família de Jacareí.

Na última semana, o prefeito de Jacareí, Izaias Santana (PSDB), usou sua página no Facebook para expressar sua preocupação com o desligamento dos cubanos do Programa Mais Médicos.

“Dependemos do Governo Federal para termos os 44 médicos credenciados no programa federal. Estamos acompanhando e estudando alternativas para a hipótese de saída dos atuais 39 médicos”, escreveu o prefeito.

Na postagem ele ressalta ainda a dificuldade para contratar médicos para a rede pública. “ Em 2017 chamamos todos os concursados e ninguém atendeu. Fizemos processo seletivo e ninguém atendeu. Em 2018 optamos por cadastro de horas e estamos em fase de negociação com os interessados”, desabafou o tucano.

Segundo sua assessoria de imprensa, ele informou que está estudando medidas emergenciais para atender os munícipes com agendamento médico já agendado nessas Unidades Básicas de Saúde, entre dezembro e janeiro. Já em fevereiro, a expectativa é de que o Governo Federal resolva o problema, informou sua assessoria.

São José dos Campos
Em São José dos Campos, de acordo com a prefeitura, de 44 profissionais do Mais Médicos, 20 são cubanos. Eles atuam em equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), atendendo pacientes em 13 unidades básicas (UBS’s) espalhadas pela cidade.

A prefeitura informou que aguarda um posicionamento oficial do Ministério da Saúde sobre as mudanças previstas no programa Mais Médicos, mas garantiu que a população não ficará desassistida, mesmo que haja demora por parte do governo federal para recomposição das equipes.

Segundo a assessoria de imprensa, entre as alternativas que a prefeitura poderá colocar em prática imediatamente estão a convocação dos médicos aprovados no último concurso público e a contratação de médicos credenciados.

Taubaté
Em Taubaté, dos 13 médicos vinculados ao programa federal, oito são cubanos. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, eles continuam trabalhando normalmente até que o Ministério da Saúde solicite a saída dos profissionais.
Neste caso, a prefeitura informou que no início do próximo ano deverá chamar profissionais que já prestaram concurso público para ocuparem as vagas.

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