Por Moisés Rosa Em RMVale

São José 247 anos: região norte, um pedacinho de Minas Gerais

Estar em Minas Gerais e matar a saudade do pão de queijo e do cafezinho é apenas um detalhe para uma região com tradições exclusivamente mineiras. Impossível passar pela região norte de São José dos Campos e não tomar um cafezinho na casa de algum conhecido.

A tranquilidade e a forma acolhedora são características dos moradores da região mais mineira da cidade. Puxar um banquinho e uma boa conversa é mania de quem mora na zona norte.

No banco da praça de Santana, os amigos João Coladino Barbosa e Sebastião Martins, ambos de 76 anos, contam as histórias e relembram com alegria os momentos que viveram na região, considerada uma "mãe" pela acolhida.

Vindo de Blumenau, Santa Catarina, Martins diz que escolheu São José para tentar se estabelecer financeiramente e encontrar uma oportunidade de emprego, mas acabou se casando e formando a sua família na região norte.

Morador do Alto da Ponte, Martins explica que quando chegou há 54 anos na zona norte eram poucas as avenidas e ruas asfaltadas e os serviços prestados pela prefeitura ainda eram precários.

"A cidade cresceu muito, só tinha a avenida Princesa Isabel e hoje temos várias. Se me oferecessem outra casa em uma região qualquer eu recusaria na hora. Aqui criei meus 11 filhos e foi onde conquistei vários empregos, entre eles na General Motors e na Rhodia", conta.

O amigo Barbosa também se mudou para São José em busca do primeiro emprego. Veio em 1960 para a cidade e aqui formou sua família, tendo dois filhos. "Tratamos todo mundo de 'cumpadrê' e todos se conhecem. Quem bebe a água de Santana não sai daqui", afirma Coladino.

Barbeiro
Em um dos principais pontos do comércio de Santana está a barbearia do senhor José Hodilon de Moura, que há 40 anos veio para São José dos Campos. "Aprendi a profissão na raça com um outro amigo com quem montei sociedade. Estou há 40 anos na região norte e não troco esse lugar por nada", afirma.

O barbeiro, viúvo há seis anos, teve duas filhas e é um dos mais antigos na profissão da cidade. Corinthiano de coração. Moura largou a vida em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, para tentar a vida na capital da tecnologia. E expõe com orgulho as vitórias do time na parede de sua barbearia.

"Tenho amor por essa cidade. Sou carioca, mas escolhi e adotei São José como a minha casa. Tenho muitos amigos queridos e que tenho uma admiração muito grande", comenta.

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Por Moisés Rosa, em RMVale

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