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Sindicato é contrário à venda da Avibras

Entidade divulga nota oficial e pede estatização

Escrito por Meon

02 ABR 2024 - 11H02

Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região divulgou nota nesta terça-feira (2), se posicionando contrário “à entrega de uma empresa brasileira estratégica para o capital estrangeiro“. Na segunda-feira (1), foi anunciada a negociação de venda da Avibras, principal indústria brasileira do setor de Defesa, para a empresa australiana DefendTex. 

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De acordo com o Sindicato, caso a transação se consuma, “o novo grupo assumirá a Avibras diante de uma mobilização histórica em curso, com luta por empregos e direitos e greve contra o atraso nos salários. Independentemente da mudança na direção da empresa, o Sindicato seguirá mobilizando os metalúrgicos pela completa regularização da situação, bem como pela estatização da Avibras sob o controle dos trabalhadores”.

Fundada em 1961 por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Avibras, localizada em Jacareí, é uma das pioneiras no Brasil em construção de aeronaves, programas de pesquisa espacial e desenvolvimento e fabricação de veículos especiais para fins civis e militares.

Defesa pela estatização

Devido à crise enfrentada pelos trabalhadores, há 11 meses sem salário, o Sindicato vem defendendo ao longo desses anos, a estatização da empresa como única saída para manter em solo brasileiro os empregos e o conhecimento acumulado. “Enquanto diversos países investem pesadamente no setor de Defesa, o Brasil e a sua classe dirigente assistem e compactuam com a entrega de sua mais importante empresa do segmento a um grupo internacional”, diz a nota.

O Sindicato reuniu-se, em mais de uma oportunidade, com o ministro da Defesa José Múcio Monteiro e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Apesar de promessas de avaliação do caso, nenhuma medida efetiva foi adotada em favor dos trabalhadores. Segundo o Sindicato, “o Governo Federal chegou a comprar equipamentos de Defesa de conglomerados estrangeiros, desprezando a produção e a geração de empregos nacionais”.

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