Por Meon Em RMVale

Sobrevivente diz que havia algo estranho com o avião antes do pouso forçado

Avião saiu de Angra dos Reis e ia em direção ao Campo de Marte

Havia algo errado. Foi com essa afirmação que Paula Lima, 28 anos, uma das dez pessoas que estavam no avião que fez um pouso forçado próximo ao fórum de Ubatuba, relatou os momentos que antecederam a descida da aeronave de pequeno porte. Segundo o Corpo de Bombeiros, a viagem tinha como destino o Campo de Marte, na capital paulista, após decolar em Angra dos Reis (RJ).

Apesar de não terem sido informados de prováveis problemas na aeronave, Paulo diz que era nítido que havia algo de errado.

As manobras que o piloto fazia demonstravam que algo estava estranho"

Paula Lima, 28 anosPassageira do avião

“Sabíamos que havia algo errado. As manobras que o piloto fazia demonstravam que algo estava estranho. Neste momento ele não nos comunicou para não gerar pânico, mas no fundo eu sabia que estávamos caindo”, diz Paula.

“O piloto desviou de diversas casas e pegou fios de alta tensão. Foi tudo muito rápido e demorado ao mesmo tempo!, completa Paula, que apesar do susto sofreu ferimentos leves, enquanto tentava sair da aeronave.

Outro sobrevivente, o gerente comercial Roberto Rossi, de 64 anos, parecia ainda não acreditar no que acabara de vivenciar. “A ficha ainda não caiu. Acho que vou conseguir entender tudo melhor amanhã mesmo”, conta.

Acostumado com viagens aéreas e com a própria aeronave, Roberto sabe que as chances de sobreviver a um acidente como esse são consideravelmente baixas.

“Não dá pra acreditar. Entre todos nós, os dez, ninguém sofreu nada, praticamente. Demos muita sorte. O piloto foi muito competente ao desviar de inúmeras casas, inclusive”, relata Roberto.

Segundo testemunhas, a asa direita da aeronave foi a primeira parte a tocar o solo. “Eu fiquei muito assustado quando vi aquele avião vindo na minha direção”, conta Jeferson Pereira, 23 anos, uma das primeiras testemunhas no local e que, inclusive, ajudou as vítimas a saírem dos destroços.

“O cheiro de combustível era forte, deu medo de explodir tudo, mesmo assim ficamos perto e ajudamos as vítimas a saírem”, conta Jeferson.

Segundo Jonas Mariano, de 22 anos, que trabalha no aterro onde o avião caiu e estava presente no momento do acidente, conta que o resgate às vítimas foi extremamente ágil.

“A sede da Policia Federal fica aqui perto, acho que isso ajudou. Além disso, tinha uma viatura da Polícia Federal passando, por sorte, na hora que o avião caiu”, conta Jonas.

O piloto, visivelmente abalado, não quis dar entrevista. Todas as vítimas foram levadas para a Santa Casa de Ubatuba. Até o momento, não há informação sobre o estado de saúde.

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