Cantor, escritor e apresentador de programas de TV católica, Flávio Augusto da Silva, o Flavinho (PSB), protagonizou a maior surpresa entre os candidatos da região ao ser eleito deputado federal com 90.437 de votos. Natural de Guaratinguetá, o Flavinho mora em São José dos Campos e é ligado à comunidade Canção Nova, da qual é missionário há 27 anos.
A eleição para ocupar um cargo na Câmara dos Deputados, em Brasília, marca o início da trajetória política do pessebista, já que esta é a apenas a primeira eleição da qual Flavinho concorre. O candidato eleito ficou com a quarta e última cadeira do partido no Legislativo.
Em entrevista ao Meon, o católico e pai de cinco filhos afirmou que vai propor a criação de uma rede de adoção de crianças na tentativa de evitar que gestantes optem pelo aborto, além de trabalhar para aumentar o valor do repasse do SUS (Sistema Único de Saúde) às Santas Casas da região.
Muitos eleitores que não são do meio católico ficaram surpresos com a sua eleição. Como o senhor se apresentaria para essa parcela do eleitorado que ainda não te conhece?
Tenho 42 anos, casado, cinco filhos, missionário há mais de 20 anos. Morei dentro da comunidade Canção Nova por 16 anos. Então, toda minha formação humana, espiritual se deu dentro da comunidade. Sou comunicador também, apresento programas de TV e rádio, assim como sou cantor e compositor já há 20 anos.
Esta é a sua primeira disputa eleitoral e, logo de cara, se elegeu mesmo sem uma campanha badalada. Qual foi a fórmula para ganhar as eleições?
O segredo foi focar no público cristão, que faz parte do nicho que vou representar no Congresso. Foi muito focado nas pessoas que já me conheciam pela mídia católica. Foram três meses de campanha de porta de igreja, como costumo dizer. Nosso voto esteve concentrado tanto no Vale do Paraíba quanto na periferia de São Paulo.
Com quais causas o senhor vai se comprometer em Brasília?
Primeiro é a causa da transparência. Quero que meu eleitor saiba de tudo o que estou fazendo, quais projetos proponho e quais minhas posições nas votações. Meu foco é amparar ações sociais de obras das igrejas e ajudar na organização desses projetos para que sejam realmente eficientes. Também vou propor ações concretas para o aumento do repasse do SUS (Sistema Único de Saúde) às Santas Casas do Vale. Além disso, também vou batalhar em defesa da vida.
Sobre a questão do aborto, quais propostas o eleitor pode esperar do senhor?
Vou apresentar um projeto que pretende aumentar a assistência para as mães com gravidez indesejada e que queiram passar por um procedimento abortivo. Vamos criar uma rede de amparo e que proponha uma aproximação entre as pessoas que querem abortar com quem pretende adotar um filho. Já visitei essa experiência nos Estados Unidos e acredito que seja uma boa proposta para oferecer amparo às mulheres que têm uma gravidez indesejada.
Neste seu primeiro mandato, o senhor teme que a inexperiência seja um obstáculo no Congresso?
A população pode ter certeza que não é nenhum menino que está entrando na Câmara dos Deputados. Vou levar à Brasília uma experiência de mais de 20 anos como pessoa pública, além da vivência que tenho acompanhando campanhas ao longo dos anos. A vida me ensinou muito, tanto nas viagens pelo mundo que já fiz quanto a frente de projetos na Canção Nova.
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