Aplicativos de caronas crescem na região
Felipe Kyoshy/Meon
Os aplicativos de transportes são tendência no Brasil e no mundo. Na região, isso tem refletido na procura por carona para viagens. São José dos Campos, por exemplo, registrou a procura cinco vezes maior no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com o BlaBlaCar, principal aplicativo de caronas do mercado.
Um dos principais motivos do crescimento é a economia. O condutor ter redução de custo de até 75% em uma viagem. Para o passageiro, o trajeto pode sair até pela metade do preço.
Em um percurso entre São José e São Paulo, um dos mais procurados do aplicativo, o deslocamento fica entre R$ 12 e R$ 20. A passagem de ônibus é de R$ 28 e pode chegar a R$ 31 em alguns horários específicos.
“Este fenômeno já existe há algum tempo, na Europa é bem mais comum. Estamos com um retorno muito bom e esperamos crescer bastante nos próximos anos”, afirma Ricardo Leite, diretor do BlaBlaCar no Brasil.
Outros destinos mais procurados a partir de São José dos Campos são: Campinas, Caraguatatuba, Guarulhos e São Bernardo do Campo. Em média, são 100 caronas diárias que passam na cidade. Em Taubaté, por exemplo, são 50.
No mundo todo, são mais de 45 milhões de usuários e bem presente em países da Europa, onde o deslocamento entre países de carro é muito comum.
Carona ‘salva’ orçamento
Morando em São José dos Campos e trabalhando em São Paulo, o técnico em radiologia Everton Oliveira, faz em media, oito viagens por semana. Por mês, chega a fazer R$ 1.800 com as caronas.
“É muito vantajoso. Se não fizesse isso, não conseguiria ter uma renda mensal boa. De combustível, são R$ 900, com pedágio são mais R$ 600 e o resto fica com manutenção”, explica o motorista que cobra R$ 20 por passageiro no trajeto entre São José dos Campos e São Paulo.
Desde dezembro do ano passado, quando começou a dar caronas pelo aplicativo, já foram mais de 300. É um dos motoristas mais ativos que partem de São José dos Campos. E, com mais viagens, o condutor fica mais bem ranqueado no aplicativo.
“No começo ficava um pouco desconfiado, pois não sabíamos quem iria entrar no carro, não tinha feito nenhuma viagem pelo aplicativo antes. Mas já me acostumei com isso”, relata.
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