Letícia Aguiar (PSL), pré-candidata à prefeitura de São José dos Campos
Há quatro meses das eleições municipais e, até o momento, sem previsão para adiamentos, o Portal Meon procurou os pré-candidatos às prefeituras para iniciar a primeira bateria de entrevistas.
Nesta matéria, você confere a entrevista realizada com Leticia Aguiar (PSL), pré-candidata à prefeitura de São José dos Campos.
Como avalia São José dos Campos? A cidade tem grandes problemas? A cidade usa bem os seus recursos (tecnológicos, de produção, de localização, pesquisa, turismo, lazer, bem estar)?
São José dos Campos tem um enorme potencial ainda a ser explorado. É uma cidade que carrega em seu DNA a inovação, a tecnologia, o pluralismo e a multiculturalidade, o berço ideal para fomento e proliferação de startups.
Atualmente essa nossa matriz intelectual, geográfica e estrutural não é totalmente explorada, com carência de intercâmbios com outras regiões e países, com baixíssimo incentivo e promoção do turismo, sobretudo, o turismo de negócios, de feiras temáticas, entre outros.
Um quadro de enorme gravidade na cidade é do trabalhado informal, como os ambulantes e os que vivem de “bico”. Não há políticas públicas que estejam sendo desenvolvidas para atender essa população e o sentimento de quem vive na cidade é que há uma certa perseguição, uma fiscalização punitiva.
O estado não pode punir quem quer trabalhar, ao contrário, deve incentivar e criar ferramentas legais para impulsionar quem quer empreender e gerar riqueza para a cidade, principalmente em tempos de calamidade pública.
É preciso orientação ao invés da punição, essa retórica falsa que estes prejudicam o comerciante que paga impostos ou o prestador de serviços que emite nota fiscal, enquanto o certo deveria ser o entendimento de todo o cenário como uma grande cadeia de consumo, que é o que faz a roda do dinheiro girar e aquece a economia.
O que precisa ser desenvolvido mais urgentemente na cidade? Quais suas principais propostas?
É com certeza a retomada econômica com geração de emprego e renda.
Mesmo antes da chegada dessa pandemia, que vem sendo pessimamente administrada pelo governador do PSDB, São José dos Campos já estava na contramão da geração de emprego, como mostram os dados do CAGED em fevereiro deste ano, onde das 370 cidades paulistas apuradas, São José amargou a 365ª posição, com a perda de 696 empregos em 2019.
Uma das nossas propostas é fomentar métodos de incentivo que possam atrair empresas para a cidade, já que somos o “Polo Tecnológico” do país, bem como, ouvir desde os pequenos informais até grandes empresários, com o objetivo de entender a realidade que eles vivem e juntos buscarmos uma solução assertiva.
Outra questão importante é a educação, uma das medidas que defendemos é a implantação do colégio público militar, que têm aprovação da população e atinge excelentes níveis nas avaliações do IDEB.
Em Segurança Pública, mais investimentos na Guarda Civil Municipal com a implantação do Canil e do ROMU, pois segurança é prioridade.
São José precisa ser referência na defesa da causa animal, para isso proponho a criação do Samu Animal e um Hospital Público Veterinário.
Na Saúde, a prioridade será humanização do atendimento em toda rede e uma política social mais eficaz. É preciso um governo que priorize a vida das pessoas.
Na mobilidade urbana, faremos uma política para reduzir a punição no trânsito e ampliar a conscientização dos motoristas, para isso, estudaremos a possibilidade de reduzir os radares da cidade.
Como avalia a administração pública no enfrentamento à pandemia Covid-19 na esfera municipal, estadual e federal? Acredita que os governos (Federal e Estadual) tomaram atitudes efetivamente positivas para a contenção dos impactos da pandemia (tanto na esfera da saúde, econômica e de educação)?
A Covid-19 ainda é um campo de incertezas, mas o que sabemos hoje é muitíssimo mais do que sabíamos no início desta pandemia.
E nisso o governo Jair Bolsonaro vem acertando, pois toma decisões baseadas em modelos e na situação real do país. Bem diferente é o governo João Doria, que errou e insiste no erro, limitando o acesso da população ao direito de trabalhar, de exercer suas atividades e sustentar suas famílias, impondo um decreto, sem apresentar estudos ou modelos para essa tomada de decisão.
O erro é utilizar-se apenas da Medicina como fonte de argumento. E as Ciências Sociais? E a Ciência Econômica? E as Ciências Humanas? Política é capacidade de criar diretrizes, ouvindo especialistas de todas as áreas, com o objetivo de organizar o modo de vida para melhorar a vida das pessoas e com isso tomar a decisão política correta.
Já o Governo Municipal, segue o que determina o estado, afinal ambos são do mesmo partido.
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