O prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth (PSDB), criticou a chegada do Uber Moto – nova ferramenta de viagens da Uber – na cidade, em entrevista na manhã desta terça-feira (26).
Felício afirmou que a nova modalidade de caronas do aplicativo “não é bem-vinda em São José dos Campos” durante participação em um programa da web rádio joseense 012 news.
“Uma empresa privada não pode entrar e fazer o que quiser na cidade. Isso eu não vou permitir”, disse o prefeito.
Nos últimos dias, quem abriu o aplicativo da empresa de corridas no celular já pôde ver disponível a opção de realizar viagens em motos. O serviço foi anunciado nas últimas semanas e já começou a funcionar nas grandes cidades do país.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de São José dos Campos informa que "o transporte por motos é ilegal no município e o motorista que assumir algum tipo de viagem nesta modalidade está sujeito à apreensão do veículo e autuação por transporte clandestino. A Prefeitura já está tomando as providências cabíveis contra a empresa que oferece este tipo de deslocamento".
A fala do prefeito provocou reações contrárias por parte de vereadores, assim como o apoio de outros, em grande parte da base alinhada ao governo de Felício na Câmara dos Vereadores.
O parlamentar Thomaz Henrique (NOVO) pronunciou-se logo após a fala de Felício, através das redes sociais, chamando a opinião do prefeito joseense de “desejo equivocado”.
Em entrevista ao Portal Meon, o parlamentar afirmou que a visão de Felício é, além de equivocada, bastante precipitada. Já que, segundo ele, além de prejudicar pessoas de baixa renda, a ação da empresa traria mais empregos à cidade.
“É um equívoco do prefeito pois se trata de uma empresa que visa gerar mais emprego e renda às pessoas em um momento de crise, pós-pandemia, além de contribuir com alternativas para mobilidade urbana. Além disso, a essa opção de corrida impacta diretamente em pessoas de pouca condição financeira, já que pode vir a baratear pequenos deslocamentos para quem mais precisa”, destacou.
Em contrapartida, Renato Santiago (PSDB), parlamentar da base do governo na câmara, afirmou entender a preocupação de Felício, além de concordar com sua intenção de barrar o mecanismo na cidade.
“Sou contra por vários motivos. Primeiramente por conta da segurança e da fiscalização. Se acontecer algo, quem seria o responsável? Além disso tem a questão da higienização dos capacetes. Estamos em pandemia ainda. Como fazer isso se o uso do adereço é obrigatório?”, enfatizou o vereador.
Na última sexta-feira (22), a Uber revelou que São José dos Campos e outras 16 cidades poderiam começar a utilizar a opção de motos para realizar viagens no aplicativo.
O Uber Moto, serviço que já é oferecido em algumas regiões do país, surgiu, de acordo com a empresa, para ser uma alternativa às corridas mais curtas e com preços menores.
“Desde que começamos com as viagens de moto em algumas cidades brasileiras, percebemos que elas passaram a ser utilizadas para, por exemplo, conectar os nossos usuários com modais de transporte, como estações de ônibus, trens e metrô das cidades, principalmente para deslocamentos rápidos, aquilo que no mundo de mobilidade chamamos de last mile”, diz o comunicado da empresa
Procurada pela reportagem do Portal Meon para esclarecimentos sobre a fala de Felício¸ a assessoria de comunicação da Uber não havia respondido às solicitações até o fechamento desta matéria.
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