A Justiça de Caçapava designou para o dia 07 de maio a audiência de instrução e julgamento do processo criminal envolvendo o réu Elcio Vieira Júnior (PSB), vereador em exercício em Lorena e procurador jurídico concursado na Prefeitura de Caçapava desde 1996.
+ Leia mais notícias da RMVale
+ Receba as notícias pelo Canal do Meon no WhatsApp
Ele responde a processo pelo crime de receptação após a Polícia Militar localizar em Caçapava, em uma vaga de garagem em um endereço comercial sob sua responsabilidade, o veículo Celta placa ETE 9002 que havia sido furtado da Câmara Municipal de Lorena no ano de 2013.
O veículo foi localizado em Caçapava em abril de 2016, coberto com uma capa cinza, depois de denúncia anônima. Quando a PM localizou o carro e solicitou a presença do responsável pela vaga, o próprio vereador Elcio apareceu para conversar com os policiais. Confrontado pelas autoridades, o vereador alegou que uma “pessoa desconhecida teria pedido para usar a vaga”, tendo ele permitido.
Na denúncia oferecida à Justiça, o MP destacou que “considerando que o denunciado exercia o cargo de vereador na cidade de Lorena, onde o bem foi subtraído, e não apresentou justificativa verossímil para a permanência do veículo na sua vaga particular, é certo que ELCIO sabia da origem espúria do bem”.
No site da Câmara de Lorena, o vereador apresenta-se como “advogado atuante na área pública, prestando assessoria jurídica para vários prefeitos e vereadores das cidades do Vale do Paraíba desde 1996” e informa que “exerce a função de Procurador Geral do Município [de Lorena] desde ago/2023”.
OUTRO LADO
Procurado, o vereador Elcio Vieira Júnior não negou que o veículo foi encontrado pela PM na sua garagem, porém, declara-se inocente, apontando suposta perseguição política. “O fato é que há uma perseguição política, provavelmente vinda de Caçapava”, declarou.
Elcio Vieira afirmou ainda que era presidente da Câmara Municipal de Lorena em 2012 e que, ao final do seu mandato, fez um check list de todas as coisas relacionadas ao seu gabinete, inclusive fazendo constar no inventário do Legislativo o veículo apontado na denúncia, explicando que foi candidato a prefeito em Lorena em 2012 e que, em 05 de março de 2013, quando o veículo sumiu, não exercia mais o mandato de vereador.
O vereador reclamou que “o presidente da Câmara naquela época não fez nada” e informou que, para a audiência de instrução, levará duas importantes testemunhas que poderão provar sua inocência. “O Gerente Administrativo da Câmara e um motorista irão confirmar ao Juiz minha inocência”, garante.
O vereador informou ainda que, pela quantidade da pena prevista em lei para o crime de receptação, tinha direito à suspensão condicional do processo, mas que recebeu a proposta de acordo, mas não aceitou, por acreditar ser possível comprovar sua inocência no processo.
*Reportagem produzida pelo consórcio de veículos de comunicação Meon e T7News
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.