Onça-pintada Zuri dá à luz a três filhotes em Taubaté

O projeto ambiental Selva Viva, em Taubaté, acaba de celebrar um novo marco na conservação de grandes felinos brasileiros. A onça-pintada Zuri, resgatada e acolhida no espaço, deu à luz três filhotes — dois com pelagem escura, conhecidos popularmente como panteras negras, e um com a tradicional coloração caramelo.

Zuri vive em cativeiro com o companheiro Zulu, uma onça de pelagem melanística (preta). Esse é o segundo parto da fêmea em menos de um ano. Em janeiro, ela já havia dado à luz dois filhotes — um macho e uma fêmea — também com a pelagem escura.

 As chamadas “panteras negras” não constituem uma espécie à parte, mas sim onças-pintadas ou outros grandes felinos com uma mutação genética rara, que causa o melanismo, ou seja, a coloração preta do pelo. Apesar da aparência, a tradicional padronagem das pintas ainda é visível sob determinadas luzes.

Um vídeo divulgado pelo projeto mostra os novos filhotes bocejando e sendo amamentados pela mãe em um canto da cabana onde vivem. Os pequenos foram batizados com nomes de personagens da Disney: Adam (de A Bela e a Fera), Raya (Raya e o Último Dragão) e Merida (Valente).

Por enquanto, os filhotes não estão em exposição ao público. De acordo com o Selva Viva, a visitação só será permitida quando eles estiverem mais fortes e adaptados ao ambiente, assim como aconteceu com os irmãos mais velhos, Naveen e Tiana, que puderam ser vistos pelos visitantes após completarem dois meses de vida.

O projeto, que integra o Programa Nacional de Conservação de Onças-Pintadas, destaca que o nascimento é considerado raro e de grande relevância científica, já que a espécie está ameaçada de extinção.

“Este segundo nascimento consagra o trabalho da equipe na reprodução de animais do Cerrado brasileiro, reforçando a importância da conservação da biodiversidade”, informou o Selva Viva em nota.

“Cada novo filhote representa um passo essencial na preservação da vida selvagem e no equilíbrio ecológico”, completou a equipe técnica.

O espaço ainda não divulgou a data exata do nascimento dos novos filhotes, mas o feito já é considerado um símbolo de esperança para a preservação da fauna brasileira.

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