Saúde

Nesta sexta (8) é Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Saiba dicas, cuidados e sintomas da doença

Escrito por Meon

08 AGO 2025 - 08H30

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O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado nesta sexta-feira (8), destaca uma ameaça muitas vezes silenciosa: o colesterol elevado não afeta apenas o coração, mas pode também comprometer a visão. Manchas amareladas nas pálpebras — chamadas xantelasma — e alterações nos vasos da retina, difíceis de perceber, podem ser os primeiros sinais desse desequilíbrio lipídico.

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No Brasil, cerca de 4 em cada 10 adultos apresentam níveis alterados de colesterol no sangue (dislipidemia). O LDL elevado é um dos principais fatores de risco para infarto e AVC, que juntos foram responsáveis por 20.184 mortes só no primeiro semestre deste ano.

Dados epidemiológicos revelam que 14,6% dos adultos relatam ter diagnóstico de colesterol alto (autorreferido). Exames laboratoriais ainda mais completos mostram que 32,7% têm colesterol total acima de 200 mg/dL; cerca de 18,6% apresentam LDL elevado (≥ 130 mg/dL); e 31,8% têm HDL baixo — sobretudo entre homens.

O risco não se limita ao sistema cardiovascular. No campo ocular, o xantelasma pode ser removido, mas sua presença indica maior risco de infarto e AVC mesmo quando exames gerais parecem normais. Internamente, o descontrole lipídico pode causar oclusões vasculares e exsudatos na retina — sinais precoces de danos que, se não tratados, podem levar à perda de visão.

Além dos exames de sangue regulares (perfil lipídico) e acompanhamento com cardiologista, a avaliação oftalmológica é um aliado de peso nesse combate: permite detectar sinais externos (como xantelasma e arco senil) e alterações internas via mapeamento de retina.

Ao mesmo tempo, avanços pela medicina genômica permitem identificar predisposições individuais: marcadores genéticos aumentam em até 9 vezes o risco de alterações nos lipídios; testes genéticos, como o Painel NGS para Dislipidemia Familiar, ajudam a diagnosticar quadros hereditários graves e adaptar o tratamento de forma personalizada.

Pesquisa

Uma pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP revelou que 34% dos entrevistados não relacionaram o colesterol elevado como fator de risco que pode aumentar a probabilidade de doenças cardiovasculares, como o infarto, o AVC e até a morte súbita. No Brasil, cerca de 40% da população adulta convive com os índices acima do recomendado, ou seja 60 milhões de pessoas. 

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Quais são os principais fatores que aumentam o colesterol?

Os principais fatores são alimentação rica em gorduras saturadas e trans, sedentarismo, excesso de peso, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Além disso, a genética também tem um papel importante: algumas pessoas podem ter colesterol alto mesmo com hábitos saudáveis, como no caso da hipercolesterolemia familiar. Por isso, é essencial fazer exames regularmente, mesmo que você se sinta bem.

Quais as dicas para controlar o colesterol?

Manter uma alimentação equilibrada é o primeiro passo. Priorize frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixes e gorduras boas, como as presentes no azeite de oliva e nas castanhas. Evite alimentos ultraprocessados, frituras, carnes gordurosas e embutidos. Praticar atividade física regular, não fumar, controlar o peso e evitar o consumo excessivo de álcool também são atitudes importantes. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário, sempre com orientação médica.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do colesterol alto é feito por meio de um exame de sangue chamado perfil lipídico, que mede os níveis de colesterol total, LDL (colesterol ruim), HDL (colesterol bom) e triglicerídeos. Esse exame deve ser solicitado por um médico e pode ser feito em jejum ou não, conforme orientação profissional. Mesmo pessoas jovens e aparentemente saudáveis devem realizá-lo periodicamente, já que o colesterol alto costuma evoluir de forma silenciosa, sem apresentar sintomas. Em alguns casos, fatores genéticos também estão envolvidos, como na hipercolesterolemia familiar, uma condição em que o colesterol já está elevado desde o nascimento e exige acompanhamento constante.


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Por Meon, em Saúde

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