Neste sábado, (27) é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, sendo assim, setembro ganhou ainda mais relevância em 2025 com a divulgação de dados históricos sobre transplantes no Brasil.
O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou mais de 30 mil procedimentos realizados, marcando um aumento de 18% em relação a 2022. Esse avanço destaca a importância da doação de órgãos e tecidos, especialmente durante o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre o tema.
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Dados atualizados
Até agosto de 2025, foram realizados 3.408 transplantes de órgãos, com destaque para:
Rim: 2.292 procedimentos
Fígado: 874 procedimentos
Coração: 151 procedimentos
Dos beneficiados, 67% são homens. Apesar desse avanço, mais de 46 mil pessoas ainda aguardam na fila de espera, sendo 42.661 delas à espera de um rim.
São Paulo é recordista
O estado de São Paulo é líder nacional em transplantes, com cerca de 2 mil doadores que ajudaram a salvar milhares de vidas desde 2022. No primeiro semestre de 2025, foram realizados 4.229 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e córneas, número 9% maior que em 2022. Atualmente, 26.819 pacientes aguardam por um transplante no estado.
O coordenador da Central de Transplantes de São Paulo destaca que ultrapassar a marca de 5 mil transplantes representa não só a capacidade técnica da rede, mas também a solidariedade das famílias que autorizam a doação.
Desafios e complexidade dos transplantes renais
O urologista Dr. Emanuel Reis Botelho explica que os pacientes que aguardam transplantes renais enfrentam longos períodos na fila e frequentemente apresentam comorbidades como diabetes e hipertensão, aumentando o risco cirúrgico. A dificuldade em encontrar um doador compatível, especialmente na ausência de um doador vivo, torna a espera ainda mais angustiante.
A cirurgia de transplante renal é altamente complexa, exigindo uma equipe multidisciplinar experiente. A reconexão precisa dos vasos sanguíneos é fundamental para o sucesso do procedimento, e a agilidade durante a cirurgia é essencial para evitar complicações pós-operatórias.
Importância da doação em vida
A doação em vida é preferencial sempre que possível. Quando há um doador vivo compatível, os resultados cirúrgicos tendem a ser melhores, e o órgão transplantado apresenta qualidade superior em comparação com órgãos provenientes de pacientes em morte encefálica.
Ações para ampliar a doação e agilizar os transplantes
Em São Paulo, programas como o TransplantAR – Aviação Solidária utilizam aeronaves privadas para transporte gratuito de órgãos, agilizando a logística de captação e aumentando as chances de sucesso nos procedimentos. A Secretaria de Estado da Saúde também aumentou em 80% os valores pagos pela Tabela SUS Paulista para procedimentos relacionados à captação de órgãos.
Campanhas de conscientização buscam sensibilizar a população sobre a importância da doação, mostrando que a solidariedade pode transformar vidas.
Como funciona a doação de órgãos
A Central de Transplantes identifica os possíveis receptores considerando tipagem sanguínea, compatibilidade genética, dados antropométricos e gravidade do paciente. Os pacientes que necessitam do transplante devem ser inscritos no Sistema Estadual de Transplantes, que gerencia todo o processo em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes.
O recorde de mais de 30 mil transplantes realizados em 2025 evidencia o avanço da medicina brasileira e a solidariedade da população. Apesar disso, a fila de espera ainda é extensa, e a conscientização sobre a doação de órgãos continua sendo fundamental para salvar vidas. O Setembro Verde reforça a importância desse compromisso com a vida e a solidariedade.
Autorização para ser doador
Desde abril de 2024, os cidadãos podem manifestar e formalizar sua vontade de doar órgãos de forma simples, gratuita e 100% digital, por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Lançada pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Saúde, a AEDO já soma mais de 3,6 mil solicitações emitidas em todo o estado de São Paulo, fortalecendo a política pública de transplantes no Brasil.
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