Saúde

SJC: Órgãos de Gustavo, de 17 anos, beneficia cinco pessoas

Familiares, amigos e colaboradores do hospital se reuniram nos corredores e aplaudiram

Escrito por Meon

03 OUT 2025 - 15H07

PMSJC

Uma cena marcada pela dor e, ao mesmo tempo, pela solidariedade emocionou o Hospital Municipal de São José dos Campos nesta sexta-feira (3). A família de Gustavo Costa Souza, de 17 anos, que teve morte encefálica confirmada após um acidente de moto, autorizou a doação dos órgãos do jovem. A decisão possibilitou a captação dos rins, das córneas e do fígado, beneficiando cinco pacientes que aguardavam por transplantes.

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A cirurgia foi realizada por equipes da Organização de Procura de Órgãos (OPO), vinculada à Unicamp, em parceria com os profissionais da unidade, que é gerenciada pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

O momento da despedida foi comovente: familiares, amigos e colaboradores do hospital se reuniram nos corredores e aplaudiram a passagem da maca que levava Gustavo da UTI até o centro cirúrgico. O gesto simbolizou respeito, gratidão e reconhecimento à coragem da família em meio à dor.

A equipe do hospital reforça a importância de conversar sobre o tema com os familiares. “Apesar da dor, dizer sim à doação pode transformar tristeza em esperança para outras famílias. Cada gesto solidário significa uma vida salva”, destacou a instituição.

Referência regional em captação de órgãos, o Hospital Municipal de São José dos Campos mantém um trabalho contínuo de conscientização. Com o caso desta sexta-feira, a unidade atingiu 30 órgãos captados em 2025 — 12 rins, 10 córneas, 7 fígados e 1 osso.

Desde 2022, foram feitas 124 notificações de morte encefálica, com 76 pacientes elegíveis para doação. Mais da metade das famílias abordadas (51%) autorizou o procedimento, resultando em 39 doadores efetivos e 160 órgãos captados no período. Ao todo, 165 pessoas receberam transplantes graças à solidariedade de famílias que disseram “sim” no momento mais difícil.

A história de Gustavo, interrompida precocemente, agora se prolonga em outras vidas — um gesto de amor que transforma dor em esperança.

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Por Meon, em Saúde

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