Por Marcus Alvarenga Em RMVale

Homens são principais vítimas de acidentes de trânsito na região

Especialista aponta imprudência e falta de educação viária como causa

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Jovens com menos de 24 anos são as principais vítimas de acidentes no trânsito

Arquivo/Meon

A falta de responsabilidade na direção e o abuso por parte dos motoristas é um dos principais fatores que colocam os homens entre 17 e 24 anos como as principais vítimas de acidentes de trânsito na RMVale. Os dados são de uma pesquisa divulgada pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, coordenado pelo Governo do Estado de São Paulo.

Os dados indicam que no primeiro semestre de 2017, 84% das vítimas fatais foram do sexo masculino. De acordo com o especialista em mobilidade urbana, o professor da Universidade de Taubaté, Carlos Eugênio Monteclaro Cesar, os números comprovam que, em geral, os homens correm mais riscos no trânsito.

“Em geral, os homens são mais atrevidos, sabem que correm risco, mas não se importam. Sabemos que está relacionado também com o abuso da velocidade e do consumo de álcool. Já as mulheres são mais precavidas o volante, elas tem censo de segurança mais apurado. O número significativo de jovens está muito relacionado à falta de responsabilidade”, diz o professor.

Entre janeiro e junho foram registradas 152 vítimas fatais em acidentes  de trânsito na região, destas 129 eram homens e 22 mulheres. Os jovens (17-24 anos) contabilizam 25 do total de mortos nas vias públicas e outras vítimas frequentes são os idosos (a partir de 60 anos), que neste ano já contabilizam 49 vítimas.

“O idoso vai perdendo a compreensão sensorial e tem a regressão física no decorrer do tempo, diminuindo a acuidade visual, a capacidade de interpretar o ambiente, a baixa capacidade de compreender a dinâmica do trânsito, e tudo isso colabora com os acidentes. Além de que é difícil mudar a personalidade e o comportamento de quem dirigiu de um jeito a vida toda”, afirma Monteclaro.

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Tipos de acidente

A pesquisa do Estado ainda apresentouuma classificação que diferencia os registros os acidente e o que vem aparece como o mais comum são as Colisões, com 53 casos, seguido por atropelamento, contabilizado 46 vezes neste ano na região.

O professor explica que a malha viária das cidades e a educação no trânsito são fatores que colocam esses dois tipos de acidente a frente nas pesquisas.

“Existem casos de imperícia, quando as pessoas em uma situação de risco não sabem como se comportar, e dos jovens não terem a “malícia” e experiência da direção. As vezes o pedestre por preguiça atravessa em um local proibido, do que andar alguns metros até a faixa. São fatores que criam um ambiente para um acidentes. A mudança acontece se o trânsito estiver envolvido na educação, com campanhas desde crianças”, diz o especialista.

Cidades

Para o professor, as três principais cidades da região –São José dos Campos, Taubaté e Jacareí- apresentam aspectos diferentes no trânsito, o que é comprovado com os números divulgados pela pesquisa do Governo do Estado.

Neste primeiro semestre, São José registrou 32 vítimas fatais no trânsito, em Taubaté foi contabilizado 11 mortes e mais 9 em Jacareí.

O diferencial nos números aponta atropelamento como o maior tipo de acidente ocorrido em São José, com 13 casos, enquanto a colisão é a mais comum em Taubaté, 7, e Jacareí, 3.

“Taubaté tem muito carro para pouca rua, o sistema viário é muito antigo e não muito eficiente, criando mecanismos para pequenos acidentes. Jacareí tem o problema do desenho do sistema viário, a sua topografia complica, mesmo com a vantagem de não ser cortado pela ferrovia. Já São José é uma cidade que ao longo dos anos vem se organizando e te uma malha viária muito boa, mesmo ainda necessitando de melhorias pela grande população”, comenta Monteclaro que ainda destacou o principal fator que os governos municipais devem se atentar para ajudar na redução dos acidentes.

“A solução é investir em transporte público. O Governo deve ter mais responsabilidade e criar um plano estratégico para que a medida que o transporte seja eficiente, a tendência é diminuir os veículos circulando e reduzir as possibilidades de trânsito”, completa o especialista em mobilidade urbana, o professor da Universidade de Taubaté, Carlos Eugênio Monteclaro Cesar.

 

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