Por Marcus Alvarenga Em RMVale

Motoristas da Uber e 99POP paralisam serviço por 2 horas em São José

Ato contra a PLC 28/2017 reuniu cerca de 300 motoristas de aplicativos

Motoristas da Uber e 99 Pop paralisam serviço por 2 horas em São José (Arquivo Pessoal/ Nilson)

Motoristas protestam contra a aprovação da PLC 28/2017 no Senado

Arquivo Pessoal / Nilson Leitão

Cerca de 300 motoristas que trabalham com aplicativos de de transportes em São José se reuniram na manhã desta segunda-feira (30), em frente ao Estádio Martins Pereira, para realizar um ato contrário a PLC 28/2017, que deve ser votada nessa terça-feira (31) pelo Senado. O serviço ficou parcialmente paralisado por cerca de duas horas.

Os protestos contra o Projeto de Lei que visa trazer novas regras aos serviços de transporte particular por aplicativos acontecem em todo o País. Em São José, o encontro seguiu em carreta por ruas e avenidas, encerrando no Parque da Cidade, na região norte.

“É uma ação nacional que visa criar um processo de manifestação, de protesto, para que isso se torne visível nas cidades onde há o serviço e que haja um entendimento que somos contrário a PLC, que tem como objetivo banir o sistema de motorista por aplicativo no Brasil”, afirma Moacir Santos, motorista da Uber desde dezembro de 2016 e da 99 POP há dois meses.

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Para o motorista, o projeto em tramitação deve prejudicar tanto os passageiros quanto os profissionais que buscaram no novo serviço como uma saída da crise de desemprego.

“Precisamos mostrar para a sociedade e governantes que estamos atentos e somos contrários a PLC. E que isso não desfavorece só o motorista, mas a sociedade que utiliza do serviço para locomoção diária ou sazonal, deixando de garantir a livre concorrência do serviço de transporte, seja entre os aplicativo ou com o serviço de táxi, que deve continuar existindo”, diz.

PLC 28/2017

O projeto de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que pode ser votado no plenário nesta terça-feira (31), obriga os carros destinados ao transporte de passageiros por aplicativo a obterem autorização prévia das prefeituras, por meio de placas vermelhas; proíbe a contratação de motoristas que tenham antecedentes criminais como: crimes de trânsito, crimes contra a dignidade sexual, homicídio, lesão corporal grave ou seguida de morte, sequestro e cárcere privado, tráfico de pessoas, roubo e extorsão mediante sequestro e outros crimes "praticados mediante violência contra a pessoa ou grave ameaça".

A medida é defendida por taxistas sob a afirmação de que deixaria a concorrência pelos passageiros em igualdade de condições. Enquanto isso, os contrários ao projeto afirmam que as limitações e a exigência burocrática devem inviabilizar a prestação do serviço para milhares de motoristas.

De acordo com nota, a Uber afirmou que o projeto criaria uma burocracia tão grande que impediria os motoristas de trabalhar. Já o 99 POP afirmou que apoia o movimento dos motoristas e lamenta a votação no Senado.

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